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Em entrevista ao O Globo, a jogadora militante de esquerda, Carol Solberg, do vôlei de praia, que gritou “Fora Bolsonaro” na TV, disse que não se arrependeu do que fez. “Não me arrependo, zero, nem um pouco”, afirmou nesta segunda-feira (21).
“Foi totalmente espontâneo, um grito mesmo, uma coisa que está entalada há muito tempo, por conta das coisas que estão acontecendo no nosso país. Está no peito, na garganta… e sinto que nós atletas temos a obrigação de usar a nossa voz. E o momento em que estou em quadra é o momento que tenho voz. Como cidadã me sinto na obrigação de me manifestar e exercer a minha cidadania mesmo”, continuou.
Ela também disse que não é patrocinada pelo Banco do Brasil: “Amo o que eu faço, amo jogar vôlei, mas ser punida por me manifestar? Me sinto totalmente no meu direito de fazer isso. Teve outra história no vôlei, do Wallace, que não sofreu punição. Sei que isso pode acontecer, mas acho errado. Estou esperando as coisas acontecerem para falar sobre punição. Porque não tenho ideia do que vai acontecer”.
E sobre as criticas nas redes sociais, ela disse:
“Claro que tem os ‘haters’, esses bolsonaristas, mas nem estou vendo. Não tenho Twitter, então… No Instagram recebo muita coisa e optei em nem ver. A verdade é que as pessoas que importam, que são bacanas, que eu dou valor, estão comigo e me deram a maior força. Um monte de gente com medo… é o fim da picada. Sei que os atletas precisam de patrocínio para viver e eu também. Mas não podemos ter medo. Essa regra que o COI também tem é absurda e deveria ter caído há tempos. Cada voz faz diferença e acredito que a gente tem de usá-la. O Pantanal queimando, 140 mil mortes por Covid, o desgoverno do jeito que está e eu que vou ser punida?”.
Wallace, ao contrário de Carol Solberg, manifestou apoio a Jair Bolsonaro.