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No último domingo (23), Ivan Morete, foi vítima de um assalto à mão armada em São Paulo. O ex-jornalista da TV Globo disse que bandidos levaram seus pertences pessoais e celular. Em vídeo (acima) publicado no Instagram, na terça-feira (25), o Morete, lamentou a falta de segurança da cidade, já que esta é a terceira vez, em menos de um ano, que é roubado.
“Faz dois dias que estou refletindo se posto ou não posto o conteúdo desse vídeo. E hoje cheguei à conclusão que não dá para fingir que não aconteceu e que o conteúdo dele também sirva de alerta para as pessoas que vivem na cidade de São Paulo, na capital paulista. No domingo passado eu fui assaltado pela terceira vez à mão armada na cidade de São Paulo em menos de um ano”, desabafou o jornalista.
“Eu moro no Brooklin e, na volta, eu estava com a minha namorada, nós passamos no supermercado que fica a duas quadras da minha casa, pegamos duas sacolas de comida básica, frios, frutas, e viemos para casa a pé. Na esquina de casa, fui abordado por dois motoqueiros com a arma em punho. Levaram todos os pertences, telefone celular. E aí, mais uma vez, fiquei assustado e, por muito pouco, não aconteceu o pior”, prossegue Morete.
“Mas aí me questiono: é a terceira vez que acontece em São Paulo isso, será que existe alguma coisa de errado comigo ou será que não existe alguma coisa de errado com a segurança da cidade como um todo, não é um problema um pouco mais amplo?”, perguntou.
“Pior, quando acontece algo do tipo, é a sensação de impotência, de fragilidade, é a insegurança que você passa a sentir depois que algo assim se repete. Então me questiono: será que a responsabilidade é minha? Eu estava caminhando, numa rua tranquila, num bairro bom, em São Paulo. Então não tenho responsabilidade”, disse o jornalista.
“Eu pago os meus impostos, eu ando dentro da lei, eu faço tudo o que tem que ser feito. E o pior disso tudo é que noto que existe uma solução a médio e longo prazos. Investir em mais policiamento, em câmeras que garantam a segurança dos cidadãos é um dos passos. Mas o principal talvez seja o investimento em educação para que a gente gere oportunidade para quem faz esse tipo de coisa”, continua.
“Não estou defendendo bandido, mas vivemos num país majoritariamente pobre (80% da população é pobre) e alguns infelizmente optam pelo caminho do crime. Fui vítima, em um ano e meio, pela terceira vez, com risco de perder a minha vida. Até quando temos que ter tolerância para aguentar esse tipo de situação no país em que vivemos? Até quando as pessoas que são responsáveis por tomarem atitudes de fato para uma transformação para um país um pouco mais justo, mais nobre, mais decente vão de fato tomar as providências? Sigo muito triste, questionando como vou passar agora a mudar o padrão de segurança na minha vida”, complementa.
