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Hollywood não tolera conservadores e cristãos, uma triste realidade corroborada pelos testemunhos de renomados atores que foram marginalizados pela indústria do cinema após declararem sua fé. Essa lista inclui nomes como: Mel Gibson, Chris Patt, Jim Caviezel, Neal McDonough, Matthew McConaughey e Kevin Sorbo — veja aqui meu artigo sobre o assunto. A atriz, apresentadora e escritora Sam Sorbo, casada com o astro Kevin Sorbo, que protagonizou a série “Hércules: A Lendária Jornada”, um sucesso absoluto nos anos 90, testemunhou essa dura realidade quando seu marido foi rejeitado pela indústria após se converter ao cristianismo.
“Kevin lidou com isso [preconceito] mais do que eu. Seu empresário e agente o chamaram separadamente e o demitiram depois que ele começou a falar sobre suas crenças”.
Kevin quase perdeu a vida durante as filmagens do filme “Kull, o Conquistador” e revelou ter sofrido três derrames na época. Foi após essa traumática experiência que ele tornou sua fé pública, em 1997, quando tinha 38 anos. Na época, Sorbo começou a sentir fortes dores no braço e na mão esquerda, bem como sensações de frio e formigamento durante a divulgação do filme. Apesar do acompanhamento médico, nenhum problema sério foi identificado até que, durante um exercício com pesos, as dores se intensificaram. Depois de procurar um quiroprata, ele voltou para casa sentindo tontura e percebeu que sua visão estava turva. No dia seguinte, parcialmente cego, mal conseguia andar e falar.
Somente após uma ressonância magnética, os médicos diagnosticaram que o ator havia sofrido três derrames. Em seu livro “Força Verdadeira: Minha Jornada de Hércules a Mero Mortal e Como Quase Morrer Salvou Minha Vida”, ele narra sua luta pela sobrevivência e seu encontro com Deus.
Em uma entrevista exclusiva concedida a esta repórter que vos fala, Sam Sorbo, que atuou recentemente no longa “Let There Be Light” e apresenta o “The Sam Sorbo Show”, nos Estados Unidos, compartilha que trabalhava ao lado de Kevin nas gravações de “Hércules” na década de 90. Foi no set de filmagens que iniciaram seu relacionamento e, logo após o acidente de Kevin, ela optou por pausar sua carreira de atriz para se dedicar ao cuidado do marido.
Após a recuperação de Kevin, ambos embarcaram em uma jornada independente no cinema. Além de retomar sua carreira de atriz, Sam tornou-se uma defensora de causas conservadoras, como o ensino domiciliar. Ela é autora de dois livros notáveis sobre o assunto: “They’re Your Kids: My Journey from Self-Doubter to Home School Advocate” e “Words for Warriors: Fight Back Against Crazy Socialists and the Toxic Liberal Left”. Ambos se inserem no contexto da guerra cultural contra a esquerda.
Juntos, os dois têm três filhos: Braeden Sorbo, Octavia Flynn Sorbo e Shane Sorbo. A atriz me conta que, a princípio, não considerava o ensino domiciliar para seus filhos, até que observou mudanças no comportamento de um dos meninos.
“O homeschooling estava longe dos meus planos, inicialmente. Meu filho frequentou o primeiro e o segundo ano da escola. Mas ao longo do ano letivo, notei mudanças nele e na dinâmica de nossa família”.
— Sam Sorbo
Sorbo me conta que foi ateísta e que sua conversão ao cristianismo aconteceu quando ela começou a procurar o sentido do Universo. Ao fazer a busca, a escritora encontrou ordem e logo precisou chegar a um organizador de tudo. “Eu busquei um significado no universo e encontrei a ordem, o que indicou para mim a existência de um organizador, um criador, e isso me levou a frequentar lugares de culto para encontrá-Lo”, explica.
Confira a entrevista exclusiva completa:
Homeschooling e doutrinação ideológica
Fernanda Salles: Sam, você é uma grande defensora do homeschooling, autora de livros sobre o assunto e ensina seus filhos em casa. Por que você tomou essa decisão?
Sam Sorbo: O ensino domiciliar estava longe dos meus planos, inicialmente. Meu filho frequentou o primeiro e o segundo ano da escola. Mas ao longo do ano letivo, notei mudanças nele e na dinâmica de nossa família. Percebi alguns problemas na sala de aula, também, para os quais os professores pareciam impotentes. Eu não gostava das tarefas de casa que mandavam para casa, e pensei, enquanto implorava para ele terminar seus deveres, “Estou ensinando em casa. Só estou fazendo isso no final do dia, quando ambos estamos cansados, rabugentos e com fome!” Era pior do que ser professora substituta!
Então, pensei cada vez mais no ensino domiciliar. Ajudou o fato de conhecer algumas pessoas que tinham ou estavam atualmente ensinando seus filhos em casa. Eu tive alguma exposição a isso, então decidi experimentar, como um casaco. Eu andei por aí usando isso por alguns dias, imaginando, pensando e rezando sobre isso.
Mas o que realmente aconteceu foi que eu disse ao meu marido: “Acho que posso falhar no ensino domiciliar e ele ainda estará melhor.” E essa é a verdade – é por isso que nenhuma criança deveria ter que frequentar a escola.
“O comunismo como sistema de crenças matou mais de 100 milhões de pessoas no último século, então, claro, ele deve impor-se sobre a família e doutrinar as crianças. Sem essa doutrinação, ele não pode sobreviver”.
— Sam Sorbo
Fernanda Salles: Seus filhos já frequentaram a escola em algum momento?
Sam Sorbo: Meus dois filhos mais novos frequentaram a adorável pré-escola na escola pública do governo local. Foi realmente adorável, exceto que eles não levaram em consideração os melhores interesses das crianças, como quando pedi a pré-escola da manhã para o meu segundo filho, porque ele gostava de cochilar (e eu gostava que ele cochilasse – acho que as crianças estão em grande parte privadas de sono nos dias de hoje!)
Há cerca de um mês, minha filha de 17 anos confidenciou a mim que a pré-escola, aquela sala fofa e divertida onde faziam impressões digitais e apresentavam uma peça de Ação de Graças, foi onde ela aprendeu que era burra. Imagine isso. A professora a chamou na frente da turma para fazer alguma leitura de palavras à vista. Bem, ela ficou bloqueada e ansiosa, e não leu bem, e a turma riu, e a partir desse momento, ela se viu como burra. Levou muito tempo, ela me disse, para repensar a forma como ela se via. E acredito que a professora nem sabia que tinha feito essa coisa terrível com minha filha. Provavelmente ela achou que foi engraçado.
Agenda woke e comunismo
Fernanda Salles: Como você vê o ambiente escolar atual? Você acredita que os professores e o governo estão impondo uma agenda “woke” às crianças?
Sam Sorbo: Claro que estão — é o que eles acreditam. Eles estariam traindo suas próprias crenças fundamentais se não o fizessem. Mas é aí que está o ponto. Não envie seus filhos para algum completo estranho para influenciá-los mais do que você jamais fará, porque eles passarão muito mais tempo com eles na escola do que você como pai que não está lá, e também porque na escola eles afirmam tanto o conhecimento superior quanto a autoridade e o alto padrão moral.
Além disso, encaremos a realidade, o governo acredita no governo. As escolas públicas são igrejas do governo onde as crianças são ensinadas a adorar o governo como deus, para que se formem socialistas que acreditam que o governo é a resposta para todos os problemas. Era mais fácil antigamente, quando o bom senso ditava que você precisava se esforçar por conta própria, mas uma vez que você treina as pessoas para dependerem do governo geração após geração, você obtém pessoas que acreditam que o governo é a única resposta. E isso é muito triste.
“As escolas públicas são igrejas do governo onde as crianças são ensinadas a adorar o governo como deus, para que se formem socialistas“.
— Sam Sorbo
Fernanda Salles: No Brasil, o governo socialista, agora sob a liderança do comunista Lula da Silva, não permite abertamente que os pais ensinem seus filhos em casa. O Estado obriga os pais a colocarem as crianças na escola e como consequência muitos saem doutrinados. Qual é a sua opinião sobre isso?
Sam Sorbo: Bem, infelizmente eles estão “certos”, de acordo com o que eles acreditam. O comunismo não pode permitir nenhuma diversidade de pensamento porque o comunismo está errado. O comunismo como sistema de crenças matou mais de 100 milhões de pessoas no último século, então, claro, ele deve impor-se sobre a família e doutrinar as crianças. Sem essa doutrinação, ele não pode sobreviver. A mentira nunca pode sobreviver quando a verdade está ao lado dela.
Carreira de atriz
Fernanda Salles: Você poderia nos contar um pouco sobre sua carreira como atriz? Como você entrou na indústria cinematográfica?
Sam Sorbo: Comecei minha carreira profissional como modelo na Europa, principalmente em Paris. Foi uma introdução fantástica ao mundo, ao idioma estrangeiro e à obtenção de dinheiro, e tive muito sucesso nisso. Durante toda a minha vida educacional, me disseram que não poderia me tornar atriz porque ninguém tinha sucesso nisso. Então, quando atingi uma independência financeira básica e percebi que os “especialistas” no mundo acadêmico estavam errados, achei que poderia muito bem tentar a coisa que realmente amava – atuar. Então me mudei para Los Angeles e comecei a atuar. Fiz vários filmes e programas de TV e encontrei meu caminho em “Hércules: A Jornada Lendária”, estrelando Kevin Sorbo, e me apaixonei por ele.
É realmente uma história muito romântica, sobre como nos conhecemos e nossa primeira cena, na ponte levadiça, à noite, com a névoa subindo e as enormes luzes brilhando sobre nós. Eu estava com meu vestido de princesa e uma longa peruca esvoaçante, e Kevin vestido como o herói, com seu traje de Hércules. Foi uma cena de despedida com um beijo, nossa primeira cena juntos, e Kevin não parava de esquecer suas falas! Pensei que ele estava pregando alguma espécie de peça, porque estava rindo de si mesmo, mas também achei que ele estava sendo muito pouco profissional (absurdo!).
Foi a primeira vez que ele me beijou, e desde então, ninguém mais me beijou! 😉
Fernanda Salles: Você conheceu Kevin em Hércules? Como foi trabalhar ao lado dele?
Sam Sorbo: Inicialmente, trabalhar com Kevin era terrivelmente distrativo, mas também muito divertido! Ele adorava fazer piadas no set, amava rir, e realmente era um profissional consumado (o que tornava aquele primeiro encontro ainda mais engraçado). Eu adorava vê-lo trabalhar. Ele fazia todas as suas próprias cenas de luta e as aprendia como uma dança coreografada. Sendo extremamente descoordenada, eu ficava maravilhada com a fluidez de seus movimentos e adorava assistir os dublês fingirem os golpes!
Agora produzimos filmes juntos (e livros e outras coisas, como filhos!) e realmente gostamos disso. Somos muito parecidos, exceto que ele enxerga o quadro geral e eu vejo os detalhes, então nos complementamos também. Eu produzo e ele dirige, o que significa que sou sua chefe no set, de certa forma, mas também atuo, o que o torna meu chefe também… é complicado, mas funciona para nós!
Miracle in East Texas e preconceito em Hollywood
Fernanda Salles: Vamos falar sobre “Milagre no Leste do Texas”? Pode nos contar um pouco sobre o filme? O que os brasileiros podem esperar dessa produção?
Sam Sorbo: “Milagre no Leste do Texas” é uma lenda inspirada em uma história absolutamente verdadeira! É a história da descoberta de petróleo no Leste do Texas, a maior desse tipo! Mas contamos isso como uma comédia, porque os personagens envolvidos eram todos basicamente maiores do que a vida. É muito divertido, e o filme ganhou uma variedade de prêmios em festivais de cinema: Melhor comédia romântica, melhor filme familiar, melhor drama, melhor diretor, até melhor ator! Principalmente, espero que as pessoas saiam do cinema com o tema da redenção em seu subconsciente. Como dizem, todo pecador tem um futuro e todo santo tem um passado. A esperança está disponível para todos.
“Certamente há preconceito em Hollywood contra os cristãos e o cristianismo. As pessoas estão perdidas em seus pecados e odeiam qualquer coisa que os exponha”.
— Sam Sorbo
Fernanda Salles: Você já enfrentou algum tipo de rejeição na indústria cinematográfica por atuar em filmes com temáticas cristãs?
Sam Sorbo: Kevin lidou com isso mais do que eu. Seu empresário e agente o chamaram separadamente e o demitiram depois que ele começou a falar sobre suas crenças. Ele diz que é como um “duplo leproso” sendo cristão e conservador. Mas falando sério, as pessoas em Hollywood e na mídia que recentemente se mostraram favoráveis ao tráfico de crianças nos fazem questionar muito suas escolhas.
Eu parei de atuar quando ele ficou doente, durante Hércules, pouco antes de nos casarmos. Ele precisava de alguém para cuidar dele (ele quase morreu!), então parei de atuar para ficar com ele. Foi uma escolha clara, e estou muito feliz por tê-la feito, e não estou aqui com uma carreira abrangente e sem vida familiar!
Fernanda Salles: Você acha que há preconceito contra os cristãos em Hollywood? Por quê?
Sam Sorbo: Certamente há preconceito em Hollywood contra os cristãos e o cristianismo. As pessoas estão perdidas em seus pecados e odeiam qualquer coisa que os exponha, como o cristianismo faria, mesmo que não o entendam completamente. Não estou convencida de que sabem por que não gostam disso, exceto que é diferente deles, tem uma visão distinta sobre o certo e o errado, e eles querem a liberdade para fazer o que quiserem, mesmo sabendo muitas vezes que está errado.
Você já quis a tigela de sorvete às 22h30, e sabia que estava errado — você realmente não precisava das calorias extras e o açúcar não era uma escolha saudável — mas suspendeu o julgamento o suficiente para comê-lo, aproveitá-lo, e depois se arrepender?
Acredito que muitos deles vivem nesse ciclo de arrependimento, mas o negam, se autoconsolando com outros comportamentos prejudiciais, nenhum dos quais é aprovado pelo cristianismo.
Isso, é claro, não se aplica a todos. Alguns simplesmente não sabem melhor e foram criados nas escolas do governo para desdenhar o cristianismo por hábito, assim como outras religiões. Vamos encarar, o cristianismo não tem um monopólio na perseguição religiosa, embora nos dias de hoje pareça que estamos muito à frente. Mas isso acontece mais porque é a religião dos fundadores e, francamente, o que fez desta nação a empreitada mais produtiva e próspera que o mundo já viu na história (uma bênção para o mundo inteiro e provavelmente verá novamente).
“Espero que, com meu filme, possamos resgatar um pouco da essência das virtudes na cultura”.
Fernanda Salles: Você nasceu em uma família cristã?
Sam Sorbo: Fui criada em uma casa ateísta como judia, mas celebrávamos o Natal (Papai Noel) e a Páscoa (o coelhinho!). Abandonei a escola de sábado da sinagoga aos 12 anos, declarando-me também ateísta. Durante meus primeiros 20 anos, busquei um significado no universo e encontrei a ordem, o que indicou para mim a existência de um organizador, um criador, e isso me levou a frequentar lugares de culto para encontrá-Lo. Eu O encontrei na igreja — ou Ele me encontrou lá.
Fernanda Salles: Quais são suas opiniões sobre o governo Biden? Você acredita que a América está em declínio moral?
Kevin Sorbo: São duas perguntas diferentes, embora relacionadas, eu suponho! Acho que ter, na Casa Branca, um homem senil que claramente não comanda nada e é completamente controlado por um cartel é indicativo do declínio moral na América. Existem pessoas em posições de poder que claramente não têm noção do certo e do errado, do bem e do mal, e estão jogando um jogo muito perigoso. Estou triste porque nossa nação começou com princípios e virtudes e os desperdiçou, sacrificando nosso capital moral, por assim dizer, a ponto de não sermos mais capazes de reconhecer nossas deficiências.
Espero que, com meu filme, possamos resgatar um pouco da essência das virtudes na cultura.
Fernanda Salles: Qual foi o maior desafio que você enfrentou em sua carreira?
Sam Sorbo: Acho que deve ser as pessoas que se opõem a mim, embora raramente as encontre pessoalmente. Não sei que oportunidades de carreira posso ter perdido devido a preconceitos ou intolerância, mas, não tendo mais o que reclamar, acho que deve ser isso! Risos! Oh, talvez porque, no início de minha carreira, ainda estava modelando e as pessoas não me levavam a sério — talvez tenha sido o maior obstáculo? Eu realmente não sei…
Estamos atualmente vivenciando um período de intensa perseguição contra os cristãos no Brasil. Prisões, processos legais e censura. Que mensagem você gostaria de deixar para os brasileiros neste momento?
Cristo nos prometeu que haveria dificuldades. Suponho que tenhamos tido vida fácil demais nos Estados Unidos, então em breve estaremos olhando para lugares como o Brasil em busca de inspiração para continuar — então, tenham coragem e saibam que suas lutas inspirarão aqueles ao seu redor, talvez até aqueles que estão longe, e que vocês devem considerar tudo como alegria, apesar das dificuldades, porque vocês conhecem a verdade e ela já os libertou. E orem por aqueles que os perseguem. Isso é a coisa mais difícil de fazer, mas é a verdadeira liberdade.