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O novo protocolo que o Ministério da Saúde desenvolveu para o uso da cloroquina em pacientes em estágios iniciais de infecção pela Covid-19 está pronto e deve ser anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro em pronunciamento oficial nesta terça-feira (19).
Segundo o documento será oficializado a utilização do medicamento no tratamento em rede pública de pacientes com quadros leves, logo aos primeiros sintomas da doença. Até agora, o protocolo do ministério é a prescrição de cloroquina em pacientes graves em internação hospitalar com doses diárias de até 900 mg por dia. O ministério também autoriza que os médicos receitem o remédio aos pacientes da forma que julgar melhor.
O novo protocolo, deverá propor doses mais baixas para pacientes ambulatoriais diante do risco de complicações cardíacas como efeitos colaterais, e está sendo elaborado pela Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde (SCTIE) do Ministério da Saúde, chefiada até algumas semanas pelo técnico Denizar Viana, considerado um especialista no assunto. Viana deixou a secretaria para se tornar assessor especial do ex-ministro Nelson Teich. Para se tornar válido, o protocolo deve ser assinado por um responsável técnico, um médico e pelo ministro da Saúde interino, o general Eduardo Pazuello.
A mesma SCTIE que emitiu o documento “Diretrizes para Diagnóstico e Tratamento da Covid-19,” no último dia (7) onde reconheceu a falta de embasamentos científicos para determinar a efetividade da cloroquina nesses casos, a partir da análise de cinco estudos clínicos disponíveis. “Esta meta-análise não encontrou diferença significativa na probabilidade de negativação da carga viral por PCR após sete dias entre o grupo que usou hidroxicloroquina e o grupo que recebeu tratamento de suporte”, diz o documento ao citar o marcador PCR, proteína C-reativa, indício de presença do vírus no organismo.