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A proprietária do Facebook, Meta Platforms, disse neste domingo (14) que está restringindo ainda mais sua política de moderação de conteúdo para a Ucrânia para proibir pedidos pela morte de um chefe de Estado, de acordo com um post interno da empresa visto pela Reuters.
A medida ocorreu depois que a Reuters informou na semana passada que o Meta estava permitindo temporariamente algumas postagens no Facebook e no Instagram pedindo a morte do presidente russo Vladimir Putin ou do presidente bielorrusso Alexander Lukashenko.
Após a reportagem da Reuters, Meta disse na sexta-feira que uma mudança temporária em sua política de conteúdo, aplicável apenas para a Ucrânia, era necessária para permitir que os usuários expressassem oposição ao ataque da Rússia. No mesmo dia, a Rússia abriu um processo criminal contra a empresa de mídia social.
“Agora estamos estreitando o foco para deixar explicitamente claro na orientação que nunca deve ser interpretado como tolerar a violência contra os russos em geral”, escreveu o presidente de assuntos globais da Meta, Nick Clegg, em um post na plataforma interna da empresa no domingo que foi visto pela Reuters.
“Também não permitimos pedidos para assassinar um chefe de Estado… Então, para remover qualquer ambiguidade sobre nossa posição, estamos estreitando ainda mais nossa orientação para deixar explícito que não estamos permitindo pedidos para a morte de um chefe de Estado em nossas plataformas”, disse Clegg.
A Meta não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, fora do horário comercial.
“Estas são decisões difíceis. As circunstâncias na Ucrânia estão mudando rapidamente. Tentamos pensar em todas as consequências e mantemos nossa orientação sob constante revisão porque o contexto está sempre evoluindo”, disse Clegg.
Não haverá mudanças nas políticas de discurso de ódio no que diz respeito ao povo russo, disse ele.
“A Meta é contra a russofobia. Não toleramos pedidos de genocídio, limpeza étnica ou qualquer tipo de discriminação, assédio ou violência contra os russos em nossa plataforma”, acrescentou.
Clegg escreveu que a Meta planeja referir a maneira como adaptou a orientação que fornece aos moderadores de conteúdo ao conselho de supervisão independente, que foi criado para ajudar a plataforma a responder a algumas das perguntas mais difíceis sobre liberdade de expressão.
O regulador de comunicações da Rússia impôs restrições ao Instagram da Meta, a partir de segunda-feira. A Meta restringiu anteriormente o acesso aos meios de comunicação estatais russos RT e Sputnik em suas plataformas em toda a União Europeia.