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A NASA disse nesta quinta-feira (9) que está criando um grupo independente de investigadores para estudar fenômenos aéreos não identificados (UAP), anteriormente conhecidos como OVNIs, no mais recente esforço do governo para investigar os objetos misteriosos relatados por centenas de pilotos.
Em um comunicado , a agência espacial disse que os pesquisadores serão encarregados de “identificar os dados disponíveis, a melhor forma de coletar dados futuros e como a NASA pode usar esses dados para avançar a compreensão científica dos UAPs”. O estudo começará em setembro e levará cerca de nove meses para ser concluído, com os pesquisadores planejando divulgar suas descobertas em um relatório público. O comunicado observou que “não há evidências de que os UAPs sejam de origem extraterrestre”.
O esforço é separado do trabalho de um grupo do Departamento de Defesa que investiga os incidentes relatados por aviadores há vários anos, mas a NASA observou que a agência “coordenou amplamente em todo o governo sobre como aplicar as ferramentas da ciência para esclarecer a natureza e origem de fenômenos aéreos não identificados.”
O número de encontros relatados com UAPs explodiu nos últimos anos, pois os militares incentivaram os pilotos a documentar suas experiências, citando possíveis ameaças à segurança nacional. Os incidentes reconhecidos publicamente normalmente envolvem objetos estranhos em alta velocidade em grandes distâncias, sem sistema de propulsão aparente.
Um relatório do Escritório do Diretor de Inteligência Nacional (ODNI) e da Força-Tarefa UAP do Pentágono divulgado no ano passado não encontrou evidências para sugerir que os objetos se originaram de um adversário estrangeiro ou eram de natureza extraterrestre, mas os investigadores também não conseguiram explicar a maioria das incidentes.
A NASA disse que a equipe de cientistas que investiga os incidentes será liderada por David Spergel, presidente da Simons Foundation e astrofísico que anteriormente presidiu o departamento de astrofísica da Universidade de Princeton.
“Dada a escassez de observações, nossa primeira tarefa é simplesmente reunir o conjunto mais robusto de dados que pudermos”, disse Spergel. “Vamos identificar quais dados – de civis, governo, organizações sem fins lucrativos, empresas – existem, o que mais devemos tentar coletar e como melhor analisá-los”.
Funcionários do Pentágono que trabalham para identificar as origens dos OVNIs testemunharam perante um subcomitê da Câmara no mês passado na primeira audiência pública sobre o assunto em mais de 50 anos. Eles disseram aos legisladores que o número de encontros relatados aumentou para cerca de 400 em quase 20 anos, com 11 “quase acidentes” entre os objetos e os jatos militares.