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A Meta foi multada pelo equivalente a um recorde de US$ 1,3 bilhão pela União Europeia nesta segunda-feira (22) por sua transferência de dados pessoais de usuários da Europa para os Estados Unidos.
Andrea Jelinek, presidente do Conselho Europeu de Proteção de Dados (EDPB), disse que a violação da Meta era “muito grave, pois diz respeito a transferências sistemáticas, repetitivas e contínuas”.
“O Facebook tem milhões de usuários na Europa, então o volume de dados pessoais transferidos é enorme”, disse Jelinek em comunicado . “A multa sem precedentes é um forte sinal para as organizações de que infrações graves têm consequências de longo alcance”.
A Meta também recebeu ordens de colocar suas transferências de dados em conformidade com a lei europeia de privacidade. Foram concedidos cinco meses para interromper a transferência de dados de usuários da UE para os Estados Unidos e seis meses para interromper o armazenamento de dados pessoais de cidadãos europeus nos EUA que haviam sido transferidos anteriormente em violação aos regulamentos de privacidade da UE, informou o jornal Financial Times.
A gigante da tecnologia disse que apelaria da decisão e argumentou que havia um conflito problemático entre os regulamentos de privacidade dos EUA e da Europa.
“Sem a capacidade de transferir dados entre fronteiras, a internet corre o risco de ser dividida em silos nacionais e regionais, restringindo a economia global e deixando os cidadãos de diferentes países incapazes de acessar muitos dos serviços compartilhados nos quais passamos a confiar”, disse Meta em uma declaração .
A batalha de uma década sobre onde os dados do Facebook são armazenados começou depois que as revelações do ex-contratante da Agência de Segurança Nacional Edward Snowden levaram um ativista austríaco à privacidade a contestar legalmente uma possível coleta de inteligência dos EUA na Europa, informou a agência de notícias Reuters.
No mês passado, a Meta disse que esperava que um novo acordo sobre as transferências de dados UE-EUA entrasse em vigor antes de suspendê-las, informou a Reuters.