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Na terça-feira (17), cientistas chineses anunciaram terem obtido sucesso na clonagem do 1º macaco rhesus saudável. O feito foi registrado pelos chineses na revista Nature Communications.
O método chinês foi possível após ajustes na técnica que criou a ovelha Dolly em 1996. Ela foi criada por investigadores do Instituto Roslin, na Escócia, onde viveu toda a sua vida.
Batizado de “Retro”, o macaco rhesus completou 2 anos, o tempo mais longo que um primata clonado dessa espécie viveu até hoje.
Os pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências (CAS) acreditam que a nova técnica possibilitará a criação de macacos rhesus idênticos, que possam ser usados em experimentos para pesquisas médicas.
Eles também pretedem aperfeiçoar a fertilização in vitro convencional com a criação de Retro.
A ovelha Dolly foi o 1º mamífero a ser clonado usando uma técnica chamada transferência nuclear de células somáticas (SCNT).
Na técnica de Dolly, os cientistas reconstroem essencialmente um óvulo não fertilizado fundindo um núcleo de célula somática (e não de um espermatozoide ou óvulo) com um óvulo cujo núcleo foi removido em laboratório.
Mais de 20 tipos de mamíferos foram criados desde então usando a mesma técnica de Dolly.
A lista inclui cães, gatos, porcos e gado. Porém, a clonagem de primatas sempre foi um desafio para a ciência muncial.
As tentativas anteriores de clonar macacos rhesus não tiveram o mesmo sucesso. Quase metade de todos os embriões implantados no útero morreu por volta do 60º dia de gestação.
Alguns clones do primata conseguiram viver durante semanas ou meses, outros sobreviveram apenas horas ou dias depois de sair do útero.