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A rede social chinesa TikTok foi declarada uma “ameaça à segurança nacional” pelas autoridades de Taiwan devido ao “controle substancial” de “agentes estrangeiros hostis” sobre a plataforma.
A ministra de Assuntos Digitais de Taiwan, Audrey Tang, alertou neste domingo, durante uma sessão parlamentar, que se trata de um “produto perigoso”, conforme relatado pela agência de notícias taiwanesa CNA.
O TikTok já está proibido para órgãos públicos e agora essa proibição pode ser estendida a organizações educacionais, ONGs e outros espaços e setores, explicou Tang.
Em 13 de março, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou uma lei que poderia facilitar a proibição do aplicativo se a empresa controladora do TikTok, a ByteDance, não vender a plataforma para uma empresa americana em um prazo de seis meses.
A legislação ainda precisa ser aprovada no Senado e o presidente Joe Biden já indicou que está disposto a assiná-la para torná-la lei, enquanto seu principal rival nas eleições de novembro, Donald Trump, expressou sua oposição à medida.
O principal argumento dos defensores da medida é que a empresa é controlada pelo governo chinês e, portanto, poderia acessar dados privados dos usuários e censurar conteúdo político.
Por outro lado, a diretora de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, alertou durante uma audiência da Comissão de Inteligência da Câmara dos Representantes em 12 de março que a China poderia usar o aplicativo de redes sociais TikTok para influenciar as eleições americanas de novembro.
Questionada pelo representante democrata Raja Krishnamoorthi se o Partido Comunista Chinês usaria o TikTok para influenciar as eleições, Haines respondeu: “Não podemos descartar que o Partido Comunista Chinês o faça”.
Krishnamoorthi é o democrata de maior escalão no comitê especial sobre a China da Câmara dos Representantes. Junto com seu presidente republicano, Mike Gallagher, ele apresentou na semana passada um projeto de lei que daria à proprietária chinesa do TikTok, ByteDance, cerca de seis meses para se desfazer do aplicativo usado por 170 milhões de americanos.
Além das declarações de Haines, o Gabinete do Diretor de Inteligência Nacional entregou um relatório ao Congresso no qual alertava que Pequim poderia tentar interferir nas eleições deste ano devido ao desejo de “aumentar as divisões na sociedade americana”.
Segundo o relatório, o regime chinês usou contas do aplicativo de origem chinesa TikTok para prejudicar candidatos tanto do Partido Democrata quanto do Republicano durante as eleições de 2022, nas quais os democratas obtiveram melhores resultados do que o esperado ao manter o Senado e perder a Câmara dos Representantes por poucos votos.
A inteligência americana concorda que atores governamentais chineses aumentaram sua capacidade de realizar ações encobertas e espalhar desinformação.
O TikTok, que afirma não ter compartilhado nem compartilhará dados de usuários americanos com o governo chinês, argumenta que o projeto de lei da Câmara equivale a uma proibição do aplicativo de vídeos curtos. Não estava claro se a China aprovaria qualquer venda ou se o TikTok poderia desinvestir em seis meses.
As agências de inteligência dos Estados Unidos já haviam acusado anteriormente a China de tentar influenciar suas eleições, mas este aviso é mais significativo porque chega em um momento de renovado debate em Washington sobre se o TikTok deve ser proibido.
Durante seu mandato, Trump tentou impor um veto ao TikTok, mas após uma longa batalha legal, não conseguiu.
Biden é da opinião de que o TikTok, com mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos, representa um risco para a segurança interna.
Trump, por outro lado, argumenta que proibir o TikTok daria mais poder ao Meta, plataforma da qual foi expulso como resultado dos distúrbios de 6 de janeiro, e afirma que “o Facebook é um inimigo do povo”.