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Na quarta-feira (1º), a gigante farmacêutica americana Johnson & Johnson (J&J) revelou em um comunicado estar disposta a pagar cerca de US$ 6,5 bilhões (R$ 33 bilhões) para encerrar os processos civis no caso do talco apontado como cancerígeno.
“Esse plano é o fim da nossa estratégia de acordo consensual anunciada em outubro”, disse Erik Haas, vice-presidente de assuntos jurídicos da J&J. “Desde aquela data, o grupo tem trabalhado com os advogados que representam a maioria dos demandantes para encontrar uma saída para esse litígio”.
O talco em questão é acusado de conter amianto e causar câncer de ovário. A empresa continua negando essas alegações, embora tenha retirado o produto do mercado americano.
“As ações judiciais relacionadas ao talco contra o grupo (J&J) demonstram o impacto sem precedentes de ações judiciais sem fundamento contra empresas norte-americanas e as decisões extremas obtidas pelos demandantes”, disse Haas no comunicado, que também reclamou da “distorção de estudos científicos”.
Uma revisão de estudos divulgados em janeiro de 2020, envolvendo 250.000 mulheres nos Estados Unidos, não identificou qualquer associação estatística entre o uso de talco nas regiões genitais e o risco de câncer de ovário.
Em abril de 2023, o grupo propôs um acordo de US$ 8,9 bilhões (equivalente a R$ 46,2 bilhões na cotação atual), para o qual 60.000 reclamantes se registraram. Contudo, um juiz de falências rejeitou a proposta.
Em 23 de janeiro, a Johnson & Johnson anunciou um acordo preliminar com um consórcio de promotores de 43 estados dos EUA envolvidos no processo.