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Um novo capítulo na busca de eficiência e por fontes de energia mais limpas e sustentáveis está sendo escrito por pesquisadores da Universidade de Michigan. Suas descobertas recentes, publicadas na renomada revista científica Joule, revelam um avanço significativo no campo do armazenamento de energia: a eficiência na conversão de calor em eletricidade atingiu impressionantes 44%. Imagine o cenário: a energia gerada por fazendas solares e parques eólicos não está em linha com a demanda. Como resolver esse desafio? A resposta pode estar em uma tecnologia que parece saída de um livro de ficção científica: células termofotovoltáicas.
Esses dispositivos têm o potencial de transformar o calor armazenado em baterias térmicas em eletricidade, oferecendo uma solução para a imprevisibilidade da geração de energia renovável. Para entender melhor, vamos mergulhar na ciência por trás disso. Enquanto as células fotovoltaicas convencionais convertem a luz solar em eletricidade, as termofotovoltáicas fazem o mesmo, mas usando fótons infravermelhos de baixa energia, em vez dos fótons de alta energia da luz visível. O truque está em otimizar o material semicondutor dessas células para capturar uma ampla gama de fótons térmicos emitidos por um bloco aquecido a mais de 1000°C.
Mas o que torna essa tecnologia tão promissora? Ao contrário das baterias tradicionais, como as de íon de lítio, que enfrentam desafios de competição por matéria-prima e têm limitações de vida útil, as baterias térmicas são mais simples e passivas. Elas não dependem de minerais raros e podem ser instaladas em qualquer lugar, sem a necessidade de fontes de água próximas, como as usadas em sistemas de armazenamento hidroelétrico. Porém, a jornada para alcançar esses impressionantes 44% de eficiência não foi fácil. Os pesquisadores enfrentaram desafios técnicos, como a perda de fótons com energias fora do espectro ideal para conversão em eletricidade.
Mas, através de engenharia cuidadosa, eles desenvolveram uma solução elegante: uma estrutura chamada de “ponte de ar”, que ajuda a recapturar fótons perdidos e aumentar a eficiência do dispositivo. E o melhor ainda está por vir. Os pesquisadores acreditam que essa tecnologia tem potencial para atingir eficiências ainda mais altas, possivelmente chegando a 50% no futuro próximo. Com a proteção de patente em andamento e o interesse de parceiros comerciais, a jornada dessas células termofotovoltaicas da bancada de pesquisa para a prática comercial está cada vez mais próxima de se tornar realidade. E quem sabe, no futuro, possamos ver essas inovações revolucionando não apenas a indústria de energia, mas também a forma como interagimos com o mundo ao nosso redor.