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A China tornou-se o primeiro país a hastear uma bandeira nacional no lado oculto da lua, durante uma missão histórica da sonda Chang’e-6. A sonda, que pousou com sucesso no domingo, está retornando à Terra com amostras inéditas de rochas lunares. A Administração Nacional do Espaço da China (CNSA) destacou o feito como “um marco sem precedentes na exploração lunar”. A missão, que visa recuperar amostras do solo e rochas do lado oculto da lua, poderá fornecer dados valiosos para futuras missões espaciais. Huang Wu, da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China, explicou que a descida para uma órbita mais baixa apresentou riscos e exigiu procedimentos de controle precisos.
Em 15 minutos, a sonda teve que reduzir rapidamente sua velocidade relativa a zero. Embora a luz solar incida igualmente em toda a lua, o lado oculto nunca é visível da Terra devido à rotação sincronizada entre os dois corpos celestes, o que o torna aparentemente invisível. A Chang’e-6 passou dois dias coletando amostras, utilizando uma broca de alta tecnologia para retirar material debaixo da superfície e um braço robótico para pegar amostras da superfície. Estima-se que a sonda tenha coletado cerca de 2 kg de material, que será analisado por cientistas para preparar futuras missões tripuladas à lua até 2030.
Corrida Espacial Intensifica-se
A China, que investiu aproximadamente £11,2 bilhões em seu programa espacial em 2023, tem planos ambiciosos de se tornar a segunda nação a enviar humanos à lua até 2030. O país concluiu a estação espacial Tiangong em 2022, que desde então tem sido permanentemente tripulada, e duplicou o número de satélites em órbita desde 2019. A recente corrida global para a lua tem se intensificado. Em 2023, a Índia fez história ao pousar no polo sul lunar, enquanto a Rússia teve um fracasso em uma tentativa similar. A NASA também planeja explorar uma região próxima ao polo sul lunar com a missão Artemis III, parte de um programa que visa estabelecer uma base lunar permanente até o final da década.
Ambições e Preocupações
Sob a liderança de Xi Jinping, a China busca assumir a liderança na corrida espacial global, o que levanta preocupações em Washington. O chefe da NASA, Bill Nelson, expressou temores de que a China possa reivindicar territórios lunares, o que violaria o Tratado do Espaço Exterior de 1967. A presença militar chinesa no Mar do Sul da China é vista como um indicativo de como o país pode se comportar na lua. A China também está desenvolvendo balões espiões gigantes e mísseis hipersônicos, aumentando a tensão na arena espacial. Os Estados Unidos e outras nações assinaram os Acordos Artemis para garantir a paz no espaço, mas a China optou por não participar, sinalizando uma possível ameaça no cenário espacial global.