Pesquisadores revelaram que os padrões de sono podem oferecer insights profundos sobre a saúde, conforme um estudo recente analisou dados de 5 milhões de noites de sono de aproximadamente 33.000 pessoas. Publicado na revista npj Digital Medicine em 20 de junho de 2024, o estudo identificou cinco principais tipos de sono, conhecidos como fenótipos de sono, cada um com nuances que podem ser divididas em 13 subcategorias. Usando o Oura Ring, um dispositivo inovador que monitora o sono, temperatura da pele e outros parâmetros fisiológicos, os pesquisadores acompanharam indivíduos ao longo de vários meses.
Eles observaram como os padrões de sono variavam em relação a condições crônicas como diabetes e apneia do sono, além de doenças agudas como COVID-19. A análise detalhada mostrou que a transição entre esses fenótipos de sono ao longo do tempo não apenas reflete as mudanças nas condições de saúde de uma pessoa, mas também serve como um indicador precoce de problemas de saúde emergentes. Essa abordagem oferece um panorama dinâmico e personalizado do impacto do sono na saúde, destacando a importância de monitoramentos contínuos e precisos.
“Descobrimos que pequenas variações na qualidade do sono podem ser indicativos cruciais de riscos à saúde que não são facilmente perceptíveis em noites regulares ou em questionários convencionais”, explicou Benjamin Smarr, co-autor do estudo e membro do corpo docente na Universidade da Califórnia em San Diego. Além disso, os pesquisadores enfatizaram que a análise de longo prazo dos padrões de sono em uma escala populacional pode fornecer insights valiosos para a saúde pública. Isso inclui a identificação de padrões específicos de sono que podem indicar um maior risco de desenvolver condições crônicas ou uma maior vulnerabilidade a infecções, como observado durante a pandemia de COVID-19.
O estudo baseou-se no conjunto de dados TemPredict da Universidade da Califórnia, San Francisco, coletado através do Oura Ring durante o tumultuado período de 2020. A pesquisa foi liderada por Smarr, em colaboração com Ashley E. Mason e Edward Wang, destacando a importância de entender as dinâmicas complexas do sono para prever uma variedade de condições de saúde e melhorar os cuidados preventivos.
