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O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, elogiou a resiliência demonstrada pelo ex-presidente Donald Trump após o atentado que sofreu no último sábado. Embora tenha descrito Trump como “badass” — um termo coloquial em inglês que indica alguém extremamente corajoso ou ousado —, Zuckerberg optou por não se envolver diretamente nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, conforme relatado pela Forbes.
Zuckerberg afirmou que pretende manter uma postura mais reservada durante o período eleitoral americano devido à controvérsia envolvendo sua participação nas eleições dos últimos ciclos. “O momento após o tiroteio de Trump foi uma das coisas mais impressionantes que eu já vi na minha vida”, comentou Zuckerberg, referindo-se ao momento em que o ex-presidente se levantou e fez um gesto icônico. “Como americano, é difícil não se emocionar com esse espírito e essa luta”, acrescentou em uma entrevista na sede da Meta, na Califórnia, segundo a Bloomberg.
Apesar de ter elogiado a tenacidade de Trump, Zuckerberg não expressou apoio explícito ao ex-presidente nem ao atual presidente Joe Biden. “Estou planejando não desempenhar um papel significativo na eleição. E isso inclui não apoiar nenhum dos candidatos”, afirmou.
Essa decisão marca uma mudança significativa em relação às eleições de 2020, quando Zuckerberg e sua esposa, Priscilla Chan, doaram mais de 400 milhões de dólares a organizações sem fins lucrativos para apoiar a administração eleitoral durante a pandemia de COVID-19. Essa doação foi interpretada por conservadores como um apoio a Biden, embora Zuckerberg não tenha apoiado explicitamente o candidato. Alguns críticos chegaram a alegar, sem provas, que essas doações contribuíram para um suposto fraude eleitoral.
O magnata das redes sociais também revelou que a Meta planeja reduzir sua participação no próximo ciclo eleitoral. “O que ouvimos de nossos usuários é que eles querem ver menos conteúdo político em nossos serviços”, explicou. Essa abordagem reflete-se na modificação dos algoritmos para limitar o conteúdo político, com o objetivo de diminuir a influência da plataforma nas eleições. “Vamos tentar gerenciar isso de maneira que a política não sobrecarregue a conexão humana e a comunidade, que é a principal razão pela qual as pessoas usam nossos serviços”, disse Zuckerberg à Bloomberg.
A relação entre Trump e a Meta tem sido conturbada, especialmente após os eventos de 6 de janeiro. Facebook e Instagram foram algumas das plataformas que baniram Trump após o ataque ao Capitólio, embora sua conta tenha sido restabelecida posteriormente, com a remoção das restrições finais na semana passada. Trump criticou fortemente as redes sociais e outras grandes empresas de tecnologia após sua suspensão, alimentando teorias conspiratórias entre seus seguidores sobre uma suposta parcialidade contra usuários conservadores.
No passado, Zuckerberg também manifestou críticas ao ex-presidente. Em junho de 2020, ele e sua esposa expressaram estar “profundamente chocados e indignados com a retórica divisiva e incendiária do presidente Trump” sobre questões raciais durante as protestas pelo assassinato de George Floyd. Segundo a Forbes, o líder da Meta também acusou Trump de “incitar uma insurreição violenta contra um governo democraticamente eleito” ao anunciar a proibição do ex-presidente no Facebook e Instagram após o 6 de janeiro.