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Cientistas liderados pela renomada bióloga evolutiva Emma Schachner, da Universidade da Flórida, revelaram que os pássaros usam ativamente seus pulmões para melhorar seu voo de uma maneira nunca antes imaginada. Uma descoberta surpreendente está mudando nossa compreensão sobre o voo das aves. Este avanço, publicado na Nature, lança luz sobre como as aves conseguem planar por longos períodos com mínimo esforço. Ao contrário do que se pensava, os pulmões das aves não são apenas órgãos para respirar, mas desempenham um papel crucial na mecânica de voo. A pesquisa sugere que um saco de ar dentro dos pulmões das aves, chamado de divertículo subpeitoral (SPD), aumenta a força necessária para alimentar os músculos de voo enquanto estão no ar.
“Esta descoberta remodela nossa compreensão sobre a relação entre respiração e voo”. “Mostramos que as aves usam ativamente seus pulmões para modificar a biomecânica do voo, otimizando sua capacidade de sustentar o voo por longos períodos.” Enquanto os mamíferos têm pulmões flexíveis ventilados por marés, as aves possuem um sistema único de respiração. Seus pulmões têm um saco estacionário que direciona o ar em uma única direção através de uma série de bolsões de ar, aumentando a eficiência do voo. A descoberta do SPD aconteceu por acaso enquanto Schachner examinava tomografias de aves para outro projeto. Esse saco de ar foi encontrado entre os músculos do peito das aves, levando os pesquisadores a suspeitar de sua importância para o voo.
Analisando 68 espécies de aves, os pesquisadores descobriram que o SPD evoluiu em várias linhagens separadas e está ausente em aves que não voam. Isso sugere que essa estrutura está diretamente relacionada ao voo. Para entender melhor como o SPD afeta o voo, os pesquisadores criaram modelos computacionais. Eles descobriram que o saco de ar aumenta a eficácia do músculo peitoral das aves, permitindo uma melhor sustentação em voo. “Essa descoberta é fundamental, pois mostra que os pulmões das aves desempenham um papel ativo na otimização do voo”. “Além disso, sugere que os pulmões das aves podem ter outras funções não respiratórias que ainda não exploramos completamente.” Essa pesquisa não apenas revela um novo aspecto fascinante da fisiologia das aves, mas também levanta questões sobre quão diversas e multifuncionais podem ser essas criaturas aladas.