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Em entrevista à TV Record, após as manifestações que ocorreram em várias cidades do Brasil nesse domingo (26), o presidente Jair Bolsonaro ressaltou o que chamou de “manifestação espontânea”.
Bolsonaro também afirmou que irá conversar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, para propor um pacto com os poderes Legislativo e Judiciário por reformas.
Ao comentar a relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), com que já teve atritos públicos, Bolsonaro disse que eles deveriam conversar mais, e afirmou que irá se encontrar nesta semana com o deputado e também com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para alinhar a articulação do governo com o Congresso.
“Nós não estamos em litígio, deixando claro, estamos em harmonia, mas acho que falta conversar um pouco mais e a culpa é minha também, para que nós coloquemos na mesa o que nós temos que aprovar, e o que nós temos também que revogar, porque tem muita legislação que atrapalha o crescimento do Brasil”, afirmou.
“Falta nós em Brasília conversarmos um pouco mais e discutirmos o que nós temos que votar em especial, e juntos fazer aquilo que o povo pediu por ocasião das eleições e pediu também por ocasião das manifestações do dia de hoje”, acrescentou, fazendo referência às manifestações de domingo em apoio ao governo.
O presidente também falou sobre os protestos contra cortes na Educação realizados em 15 de maio. Disse que exagerou ao chamar estudantes de “idiotas úteis”.
“Eu exagerei, concordo, exagerei. O certo são inocentes úteis. São garotos inocentes, nem sabiam o que estavam fazendo lá. Na teoria, usa-se a inocência das pessoas para atingir o objetivo. Uma vez atingido, as primeiras vítimas são exatamente essas pessoas. Então a garotada foi na rua contra corte na educação. Não houve corte, houve contingenciamento. Eu deixei de gastar, não tirei dinheiro. Segurei aproximadamente 3,6% do montante, que seria 30% de 12% das despesas discricionárias e a molecada foi usada por professores inescrupulosos para fazer fazer manifestação política contra o governo”, disse o presidente.
Jair Bolsonaro também afirmou que não pretende atuar diretamente no Congresso para aprovação da reforma da Previdência. Mas voltou a cobrar mais proatividade do Congresso para evitar o agravamento da crise econômica.
“Eu te pergunto? O que tenho que fazer? Ir para dentro do parlamento conversar? Não é uma boa prática. Se nós não enfrentarmos isso, e rápido, o Brasil pode sucumbir economicamente, como o ministro [da Economia] Paulo Guedes já falou.”
Bolsonaro aproveitou para rebater o que chamou de “fofoca” a respeito da saída de Guedes do governo caso a reforma da Previdência não seja aprovada.
“Fizeram fofoca conosco. Se o Brasil economicamente naufragar, a função dele acaba”, explicou, mas disse que ambos estão com boa relação.