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O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, pediu demissão do cargo de presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) neste domingo (16). “Solicitei ao ministro da Economia, Paulo Guedes, meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda”, afirmou em nota.
A renúncia acontece no dia seguinte às críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro. Neste sábado (15), o capitão reformado ameaçou demitir Levy por ele ter nomeado o advogado Marcos Barbosa Pinto ao cargo de diretor de Mercado de Capitais. Barbosa Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca, presidente do BNDES entre 2006 e 2007, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também entregou o cargo na noite de sábado.
O próprio Joaquim Levy também trabalhou nos governos do PT. Ele foi secretário do Tesouro no governo Lula e ministro da Fazenda na gestão de Dilma Rousseff. Mesmo assim, Bolsonaro acatou sua indicação à presidência do BNDES pelo ministro Paulo Guedes.
A relação entre Levy e Guedes, no entanto, também mostrava sinais de desgastes. Em entrevista ao blog do jornalista Gerson Camarotti, o ministro disse entender as críticas de Bolsonaro ao economista. “Eu entendo a angústia do presidente. É algo natural ele se sentir agredido quando o presidente do BNDES coloca na diretoria do banco nomes ligados ao PT”, afirmou.
Na entrevista, Guedes ainda lembrou que Levy não “abriu a caixa-preta” do BNDES, o que foi uma das promessas de campanha do presidente. “Ninguém fala em ‘abrir a caixa-preta’ e ainda nomeia um petista. Então, fica clara a compreensão da irritação do presidente”, disse. “O grande problema é que Levy não resolveu o passado nem encaminhou uma solução para o futuro.”
Leia abaixo a nota de Joaquim Levy:
Solicitei ao ministro da Economia Paulo Guedes meu desligamento do BNDES. Minha expectativa é que ele aceda.
Agradeço ao ministro o convite para servir ao País e desejo sucesso nas reformas.
Agradeço também, por oportuno, a lealdade, dedicação e determinação da minha diretoria. E, especialmente, agradeço aos inúmeros funcionários do BNDES, que têm colaborado com energia e seriedade para transformar o banco, possibilitando que ele responda plenamente aos novos desafios do financiamento do desenvolvimento, atendendo às muitas necessidades da nossa população e confirmando sua vocação e longa tradição de excelência e responsabilidade.
Joaquim Levy