O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ao jornal o Estado de S. Paulo que suspensão de salários foi erro de redação no texto. Ele negou que o secretário especial de Previdência e trabalho, Bruno Bianco, tenha sido o culpado pelo erro.
Guedes disse que a medida não estava redonda e faltou colocar a complementação ao salário. Em nova MP, o governo vai definir que esse “auxílio” poderá ser de 25% da remuneração original ou até um terço para empregados dos setores mais atingidos, como bares, restaurantes e hotelaria.
“Houve um mal-entendido. Começou todo mundo a bater e dizer que estão tirando do trabalhador. O presidente virou e disse: “Tira isso daí, está dando mais confusão do que solução”. Ele ligou para mim e perguntou. ‘PG, o que está havendo?’ Eu falei que a era uma coisa boa, mas não normatizou”. Eu disse, presidente, ainda não está redondo. Ele disse: ‘Tira, porque eu estou apanhando muito. Vocês arredondam e depois mandam’. Politicamente, ele fez certo. Foi uma precipitação mandar sem estar definido. Agora, estão saindo milhares, centenas de medida todos os dias. A gente está querendo é evitar o pior. “
Ao ser questionado pelo jornal se os técnicos haviam passado por cima do de suas medidas, o ministro respondeu:
“Não, não! Vocês têm sempre esse negócio de passaram por cima, não existe isso. O time é unido, é legal. É uma mente doentia. Vocês veem todo mundo brigando com todo mundo. É horrível isso. Não tem nada disso. Bianco é um cara doce. Não quis passar em cima de ninguém.
O presidente Jair Bolsonaro anunciou no início da tarde desta segunda-feira (23) a revogação do artigo 18 da Medida Provisória 927, publicada neste domingo, que determinava a suspensão de contratos de trabalho por 4 meses durante a pandemia do novo coronavírus.
A suspensão foi declarada em uma postagem da rede social do mandatário: “Determinei a revogação do art.18 da MP 927 que permitia a suspensão do contrato de trabalho por até 4 meses sem salário”, escreveu.