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O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, va deixar o governo Bolsonaro. Ele nega que o flerte do presidente com o fisiologismo tenha influência em sua decisão, que definiu como pessoal, e garantiu que o mantra de ser responsável com as contas públicas continua sendo o norte do governo.
“Foi uma decisão pessoal”
“Sou um dos únicos secretários que está aqui desde o governo passado. Eu tinha duas escolhas: ou saía neste segundo semestre, quando o governo vai estar preocupado em engendrar as medidas pós-pandemia, ou ficaria até o final do governo, até daqui dois anos e meio, porque é fundamental que haja continuidade no trabalho a partir deste momento. O importante é dar tempo para que o novo secretário comande neste momento. Foi uma decisão pessoal. Me dou bem com o ministro Paulo Guedes, não houve atrito algum”, disse ele em entrevista à revista Veja.
Agenda econômica
Questionado se sua saída do governo colocaria em risco a agenda voltada para responsabilidade fisca ele respondeeu:
“De jeito nenhum. Minha equipe fica e há dois grandes fiadores da manutenção da agenda: chamam-se Paulo Guedes e o Teto de Gastos, uma determinação constitucional. É importante que eu saia em uma transição coerente e coordenada, para que os investidores percebam que não há nenhuma mudança na diretriz do ministério. A atuação destes órgãos não depende do titular, o Tesouro só foi fortalecido nestes últimos anos.