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O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, criticou as forças-tarefas da Operação Lava Jato durante transmissão ao vivo organizada pelos advogados do grupo Prerrogativas e transmitido pela TVPT.
“A hora é de corrigir os rumos para que o lavajatismo não perdure”, afirmou.
Em seu raciocínio, Aras relacionou o trabalho da Lava Jato a um combate à corrupção fora dos limites legais. “Espero que o enfrentamento à criminalidade continue a se fazer no mesmo modo que vinha se fazendo, mas no universo dos limites da Constituição e das leis. O lavajatismo há de passar”, completou.
O PGR direcionou críticas especialmente à força-tarefa em Curitiba, berço da operação. Segundo Augusto Aras, a operação paranaense reúne dados pessoais de 38 mil pessoas, em um arquivo mais de oito vezes maior do que o arquivo geral do Ministério Público Federal (MPF).
“A força tarefa de Curitiba tem 350 terabytes e 38 mil pessoas com seus dados depositados, que ninguém sabe como foram escolhidos. Não se pode imaginar que uma unidade institucional se faça com segredos, com caixas de segredos”, disse.
O PGR disse que ter descoberto 50 mil documentos “invisíveis” à corregedoria, que apura o trabalho dos integrantes do MPF. Ele prosseguiu dizendo que a Lava-Jato de São Paulo adotou “uma metodologia de distribuição personalizada”, em que membros escolhem processos. E que essa situação “não foi diferente” em Curitiba e no Rio de Janeiro.
Em nota para a CNN Brasil, a Lava Jato em São Paulo afirma que “reitera a absoluta correção de sua atuação”. Os procuradores alegam seguir os procedimentos determinados por uma portaria de 20 de janeiro deste ano, assinada pelo próprio Aras.
No despacho, Aras atribui uma procuradora regional e sete procuradores da república para atuarem em uma lista de processos derivados da investigação, “bem como em todos os feitos cíveis e criminais que resultem de conexão, continência, compartilhamento de provas, desdobramento, desmembramentos e declínio de competência”.