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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou nesta quarta-feira (03) que a Polícia Federal abra uma investigação para apurar um esquema de venda na internet de dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro e de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A autuação do referido relatório como PET autônoma e sigilosa, distribuída por prevenção ao Inquérito 4781;
b) o envio, IMEDIATO, dos autos ao Diretor da Polícia Federal, Delegado Rolando Alexandre, para instauração de inquérito e investigação sobre os fatos, inclusive com (b.1) a oitiva do responsável pela criação do site “https://fuivazado.com.br/ https://fuivazado.com.br/, identificado pelo relatório constante nos autos; (b.2) todas as medidas necessárias para o bloqueio dos referidos endereços eletrônicos.
c) a determinação para que as empresas GOOGLE, YAHOO, ASK, BING e outras semelhantes, a serem indicadas pela Polícia Federal, retirem, imediatamente, do sistema de buscas, todas as remissões aos referidos sites; bem como bloqueiem o acesso e exibição do material divulgado pela imprensa, consistente em dados privados, ilegalmente obtidos, dos Ministros do STF e outras autoridades”, diz a decisão de Moraes.
De acordo com O Estadão, o hacker que roubou os dados está oferecendo informações em 37 categorias, vendidas em pacotes a partir de 500 dólares (R$ 2.680).
Entre os ministros do Supremo, Ricardo Lewandowski é o mais afetado, com dados em 26 delas. Todos os outros também têm informações em mais de 20 categorias: Fux (23) Dias Toffoli (25), Luiz Roberto Barroso (25), Alexandre de Moraes (24), Gilmar Mendes (24), Rosa Weber (23), Kassio Nunes Marques (23), Edson Fachin (22), Cármen Lúcia (21) e Marco Aurélio Mello (21).
Gilmar e Moraes, por exemplo, têm dados de PIS, renda e salário. Já Rosa Weber tem à venda dados referentes ao imposto de renda de 2017.
Até aqui, a origem do vazamento é desconhecida. Há indícios de que as informações pertençam à base de dados do Serasa.