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Nesta sexta-feira (5), o sindicato dos professores da rede estadual paulista anunciou que entrará em greve a partir de segunda, data marcada para a reabertura das escolas estaduais. A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia do novo coronavírus no Brasil. Segundo a Apeoesp, a decisão teve apoio de 81,8% dos professores.
A deputada estadual Professora Bebel (PT), presidente da Apeoesp, disse que a atitude se trata de uma “greve sanitária em defesa da vida contra a volta às aulas presenciais”. A sindicalista afirma que, diferentemente de outras paralisações, desta vez o foco é a saúde, preservar vidas, tanto de professores quanto de alunos, funcionários e familiares.
Já o subsecretário de articulação regional da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Henrique Pimentel, disse que as escolas estaduais que tiveram registro de casos de covid-19 em funcionários devem retomar as aulas presenciais na segunda-feira (8).
“Não há condições para um retorno seguro. As escolas não apresentam a mínima infraestrutura. Recebemos a todo momento fotos e vídeos de professores mostrando banheiros quebrados, lixo acumulado, goteiras, álcool em gel vencido. E tudo isso já está causando consequências graves. A APEOESP fez um levantamento em que constatou até agora 147 casos de covid em escolas. Todas tiveram algum tipo de atividade presencial. Imagine o que vai acontecer quando milhões de estudantes voltarem para as aulas presenciais no Estado”, diz Sindicato
O Sindicato vai realizar, durante a próxima semana, uma série de atos e manifestação. “Queremos dialogar com a população. Teremos carros de som em todas as cidades, campanha de esclarecimento nas redes sociais, rádios e TV, carreata, manifestações regionais. Além disso, iremos às Câmaras Municipais, conversaremos com prefeitos e realizaremos encontro com professores, pais, mães, estudantes e funcionários, entre outras ações”, conclui a Professora Bebel.