Filippo Grandi, alto comissário das Nações Unidas para refugiados, estimou neste domingo (6) que 1,5 milhão de ucranianos deixaram o país após a invasão da Rússia, que ele disse ser o êxodo mais rápido de pessoas desde a Segunda Guerra Mundial.
Grandi disse que há principalmente mulheres e crianças que chegam da Ucrânia, já que homens entre 18 e 60 anos devem permanecer para defender o país contra a Rússia, assim como idosos e deficientes.
“Eles estão acima de tudo assustados, traumatizados. São pessoas que até poucos dias atrás tinham uma vida perfeitamente normal e em questão de horas, tudo se desfaz”, disse ele, acrescentando que “o trauma e a angústia são o que mais define destaque no momento.”
“Precisamos que isso pare porque sem a guerra parar, as pessoas continuarão a sair do país”, disse Grandi. “Um milhão e meio é bastante difícil de administrar mesmo para países relativamente estáveis e prósperos na Europa. Imagine, porém, se subirmos mais e o faremos, sem dúvida o faremos, se não parar.”
Os EUA e aliados europeus forneceram assistência humanitária à Ucrânia, mas Grandi disse que mais suprimentos são necessários no país, enquanto suprimentos de socorro e dinheiro são necessários para aqueles que já fugiram.
“Os países europeus têm meios e organização, mas se esse número de pessoas crescer, precisaremos de mais apoio internacional e em algum momento, se as pessoas ficarem aqui por muito tempo, terá que haver outros países oferecendo lugares para acolher refugiados. mesmo fora da Europa”, disse.