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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, desacelerou para 0,47% em maio, após alta de 1,06% em abril. Se trata da menor variação mensal desde abril do ano passado, quando ficou em 0,31%. Em maio de 2021, a variação havia sido de 0,83%.
Os dados constam em levantamento divulgado nesta quinta-feira (09) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, o IPCA passou a acumular alta de 11,73%, contra o 12,13% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, os preços ao consumidor subiram em média 4,78%.
Mesmo após ter desacelerado em maio, já são 9 meses seguidos com a inflação anual rodando acima dos dois dígitos. A inflação acumulada em 12 meses é a maior para maio desde 2003, quando ficou em 17,24%
O resultado veio melhor do que o esperado. A mediana das projeções colhidas pelo Valor Data estimava alta de 0,59% no mês e inflação de 12,13% em 12 meses.
Apesar da desaceleração da alta, 8 dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram aumento de preços em maio. A maior variação veio do grupo Vestuário, com alta de 2,11%. Já o que mais pesou no IPCA de maio foi o grupo Transportes (1,34%), com impacto de 0,30 ponto percentual na taxa do mês.
O único grupo a apresentar queda foi Habitação (-1,70%), beneficiado pelo recuo do preço da energia elétrica (-7,95%).
Em 16 de abril, cessou a cobrança extra de R$ 14,20 a cada 100 kWh consumidos, relativa à bandeira Escassez Hídrica, passando a vigorar a bandeira verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz.
Veja a inflação de maio para cada um dos grupos pesquisados
- Alimentação e bebidas: 0,48%
- Habitação: -1,7%
- Artigos de residência: 0,66%
- Vestuário: 2,11%
- Transportes: 1,34%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,01%
- Despesas pessoais: 0,52%
- Educação: 0,04%
- Comunicação: 0,72%
Já a inflação de serviços acelerou de 0,66% em abril para 0,85% em maio.
Os vilões da inflação no mês de maio foram as passagens aéreas e os remédios.