Nesta sexta-feira (14), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não tem intenção de afastar-se dos Estados Unidos, após assinatura dos de acordos econômicos, comerciais e de cooperação com a China.
“Nossa intenção é construir laços com os três grandes blocos do mundo: Estados Unidos, União Europeia e China”, disse o ministro durante coletiva de imprensa em Pequim. “Não temos intenção de nos afastarmos de quem quer que seja.”
“Estamos fazendo um esforço de aproximação, queremos investimentos dos EUA no Brasil. Estamos vivendo um momento de desinvestimento, nos últimos anos, empresas americanas deixaram o Brasil”, disse Haddad.
Com isso, Haddad espera que a reação dos EUA seja de mais parceria, não o contrário.
“A reação que eu espero é mais parceria com os Estados Unidos. Essa é a reação que nós esperamos. Temos que vencer a etapa de isolamento do país. O Brasil não pode ficar isolado de ninguém”, declarou o ministro.
Na quinta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou o uso do dólar e defendeu o uso de uma moeda única entre países dos Brics – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
“Por que não podemos fazer o nosso comércio lastreado na nossa moeda?”, questionou Lula. “Nós precisamos ter uma moeda que transforme os países numa situação um pouco mais tranquila. Porque hoje um país precisa correr atrás de dólar para poder exportar, quando ele poderia exportar em sua própria moeda, e os bancos centrais certamente poderiam cuidar disso”, complementou.