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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, nesta terça-feira (25), que autoridade monetária ‘não tem culpa pelas mazelas no Brasil.’ A afirmação foi feita nesta terça-feira (25), em Brasília, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
“O presidente tem direito de falar sobre juros, em nenhum momento reclamei sobre isso, minha função é explicar de forma técnica como o Banco Central enxerga isso, o BC não é culpado pelas mazelas que o país passa, o BC é ator e está no mesmo barco que o governo sempre, tem que trabalhar de forma harmônica com o governo”, disse Campos Neto a senadores.
O presidente do Banco Central disse que a autarquia faz trabalho técnico e o processo de redução de juros no Brasil é técnico, leva tempo e depende de diversas variáveis analisadas pela autarquia.
Campos Neto defendeu a senadores que a autoridade monetária atua de forma autônoma dos governos para conseguir controlar a inflação. Ao negar que o BC faça atuação política, Campos Neto disse que “nunca na história deste país” a autarquia fez um movimento tão forte de alta de juros como no período eleitoral de 2022.
“Nunca na história desse país, nem na história do mundo, foi feito um movimento de alta de juros no período eleitoral, mostrando que o Banco Central, mesmo no período eleitoral, entendeu que a inflação ia subir, inclusive, antes de grande parte dos países”, disse Campos Neto.
Atualmente, os juros, definidos pela Taxa Selic, estão em 13,75% – o maior índice em seis anos. Campos Neto foi chamado para explicar a taxa de juros e os índices relacionados à inflação.