Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão.
Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Na manhã desta quinta-feira (1), a Polícia Federal iniciou uma operação com o objetivo de coletar evidências para investigação de possíveis desvios em contratos de compra de kits de robótica com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). A ação conta com 26 mandados de busca e dois de prisão temporária, emitidos pela Justiça Federal de Alagoas, e tem como alvos pessoas próximas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).
De acordo com a investigação, as citadas contratações teriam sido ilicitamente direcionadas a uma única empresa fornecedora dos equipamentos de robótica, através da inserção de especificações técnicas restritivas nos editais dos certames e de cerceamento à participação plena de outros licitantes.
Segundo a CGU, as fraudes e superfaturamento geraram prejuízo ao erário de R$ 8,1 milhões e sobrepreço, com prejuízos potenciais de R$ 19,8 milhões, em relação às despesas até então analisadas.
Mais de 110 policiais federais e 13 servidores da CGU cumprem 27 mandados judiciais de busca e apreensão, sendo 16 em Maceió/AL, oito em Brasília/DF, um em Gravatá/PE, um em São Carlos/SP e um em Goiânia/GO, além de dois mandados de prisão temporária em Brasília/DF, todos expedidos pela 2ª Vara Federal da Seção Judiciária do Estado de Alagoas.
Além destas medidas, foi determinado o sequestro de bens móveis e imóveis dos investigados, no valor de R$ 8,1 milhões e a suspensão de processos licitatórios e contratos administrativos celebrados entre a empresa fornecedora investigada e os municípios alagoanos que receberam recursos do FNDE para aquisições de equipamentos de robótica.
Em abril do ano passado, a imprensa noticiou sobre as aquisições de kits de robótica em municípios de Alagoas, em que as contratações eram realizadas por uma única empresa. Essa empresa pertencia a indivíduos próximos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).