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A assembleia de credores da Americanas aprovou, nesta terça-feira (19), o plano de recuperação judicial da empresa. O plano prevê uma injeção de R$ 12 bilhões pelo trio de acionistas de referência da companhia, além de R$ 12 bilhões em conversão de dívida em ações da empresa.
A aprovação é fundamental para a recuperação das Americanas. O plano precisa agora ser homologado pela Justiça, o que daria início a um período de dois anos para a empresa executá-lo.
A aprovação do plano foi por ampla maioria, com 91,1% dos credores aprovando o acordo após mais de seis horas de discussão. Em termos de volume de dívida com as Americanas, 97,2% dos credores deram aval para o plano.
A aprovação já era esperada, já que as Americanas, ao longo das últimas semanas, vinha anunciando a obtenção de apoio dos principais credores, como Bradesco, Santander, Itaú e Safra.
Do aporte de cerca de R$ 12 bilhões previsto pelo trio de acionistas, do 3G Capital, 1,5 bilhão de reais já foi injetado, enquanto outros 3,5 bilhões serão aportados em até 15 dias após a data de homologação do plano.
A proposta aprovada pelos credores também inclui a obrigação da Americanas de vender a cadeia de hortifrúti Natural da Terra e sua participação de 70% na Uni.Co, que opera franquias como Puket e Imaginarium. As vendas da unidade digital das Americanas e da fintech Ame também são possibilidades, mas elas não são obrigatórias pelo plano.
As Americanas entraram com pedido de recuperação judicial no início deste ano após descobrir inconsistências contábeis de mais de R$ 20 bilhões.
As ações da varejista fecharam em queda de 5,26% nesta terça-feira, a 90 centavos cada, antes da aprovação do plano. O papel da empresa acumula desvalorização de mais de 90% neste ano, embora tenha recuperado algum terreno em relação à mínima histórica de 67 centavos atingida em setembro.