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Os trabalhadores da Embraer, que entraram em greve na última quarta (18), decidiram suspender as paralisações nesta quarta-feira (25).
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SindMetal), a interrupção veio por medo de represálias. “A negociação não avançou em nada, foi suspensa por causa da repressão da Polícia Militar” afirma Weller Gonçalves, presidente do SindMetal.
Gonçalves contou que na manhã de terça (24), trabalhadores e PMs se desentenderam na porta da fábrica da empresa e houve uso de gás de pimenta. Ele afirmou que, hoje, uma assembleia foi realizada com os trabalhadores antes do expediente, onde ficou decidido manter a paralisação.
Os funcionários recuaram ao serem abordados pela Polícia Militar. “Os trabalhadores estavam de boa no seu canto, porém o supervisor da empresa foi lá junto com a Tropa de Choque e chamou a turma para entrar”, afirma o presidente do SindMetal.
“O aparato do Estado na porta da fábrica, a mando da Embraer e da Boeing, foi algo impressionante. Até dirigentes sindicais mais antigos, de 30 e 40 anos, ficaram assustados. Nem na ditadura militar a gente tinha visto uma aparato militar da forma que a gente viu”, disse Gonçalves.
Um sindicalista foi preso na porta da empresa nesta manhã. A ocorrência foi registrada na Delegacia da Polícia Federal de São José dos Campos.
A corporação diz que foi chamada por funcionários da empresa que relataram que queriam trabalhar, porém estavam com a entrada impedida por sindicalistas. A PM disse que “realizou contato a fim de mediar essa condição”. “Buscando a preservação dos direitos de ambas as partes, iniciou-se a negociação com os manifestantes, porém, não alcançado êxito foi necessária a intervenção policial para preservação da ordem pública” afirmou a PM em nota.