O ministro da Economia, Paulo Guedes, pediu pressa, em conversa com parlamentares, nos últimos dias, na aprovação da reforma tributária, informa a CNN. Ele avalia que, além da pandemia, a chegada das eleições municipais vai atrapalhar o andamento das pautas que interessam ao governo.
Segundo proposta que tramita na Câmara e no Senado, o calendário das eleições começaria dentro de dois meses. Os candidatos a prefeitos seriam definidos a partir do fim de agosto e o horário eleitoral entraria no ar em setembro. As eleições estão previstas para novembro.
O ministro e o presidente Jair Bolsonaro se encontraram nesta segunda-feira (22), para tratar o assunto, informa a emissora. Guedes tem articulado o fatiamento da proposta. Dessa forma, aprovar apenas o que é consenso, o que poderia ser a unificação dos tributos federais, no chamado IVA. Enquanto o ICMS, que abastece os cofres locais, seria discutido depois.
Outras pautas
No lugar da reforma administrativa, o governo quer apoio para unificar programas sociais e criar o ‘Renda Brasil’, um tipo de auxílio financeiro mínimo para ajudar a população carente em substituição do Bolsa Família.
Ainda há a proposta de saneamento básico e a PEC dos fundos, que acaba com fundos não vinculados à Constituição. O governo quer “descarimbar” esse dinheiro para que a União e as unidades da federação possam usá-lo para amortizar dívidas. Estima-se que até R$ 200 bilhões estariam em jogo.
A autonomia do Banco Central (BC) e privatização da Eletrobrás teriam mais dificuldade de entrar neste ano – mas ainda estão na lista de desejos.