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Entre março e julho deste ano, 600 mil trabalhadores se tornaram microempreendedores individuais, conhecidos como MEIs. Portanto, um crescimento de 20% em comparação com o mesmo período de 2019. A informação é do jornal Folha de S. Paulo, segundo dados do Sebrae.
O crescimento acontece por conta das demissões provocadas pela pandemia da covid-19. No 2°. trimestre de 2020, 8,9 milhões de brasileiros perderam o emprego, segundo o IBGE.
Além disso, há um forte movimento de formalização no mercado: pessoas que já atuavam como autônomas transformaram-se em MEI para emitir notas fiscais e continuar trabalhando.
Os que perderam emprego ou outras fontes de renda, chamados de “empreendedores por necessidade”, são a maioria dos que buscam qualificação no Sebrae. Conforme o órgão, os atendimentos para esse segmento triplicaram desde o início do isolamento social. E chegam a 15 mil por dia apenas no Estado de São Paulo.
Entre outros motivos, o empreendedorismo no Brasil é motivado por necessidade, pela busca por mais flexibilização no horário de trabalho e liberdade para desempenhar as atividades. Em síntese, a “pejotização” do mercado. A medida, além do mais, estimula empresas a contratar mais pessoas em razão da ausência de amarras que vêm da Consolidação das Leis do Trabalho.