A economia da China sofre com os impactos da crise energética e com o baque no setor imobiliário causado pelas dívidas astronômicas de gigantes como a Evergrande.
No 3º trimestre deste ano, o país cresceu 4,9%, ante alta de 7,9% no trimestre anterior. Os dados foram divulgados pelo governo chinês nesta segunda-feira (18).
A desaceleração da economia ocorre no momento em que a ditadura comunista de Xi Jinping promove um cerco a empresas do setor privado. Essa diminuição do ritmo de crescimento no 2º semestre de 2021 já era projetada pelo mercado.
Contudo, a queda nos resultados foi mais acentuada do que esperado.
Economistas consultado pelo jornal The Wall Street Journal na semana passada previam que o país teria um crescimento de 5,1% no 3º trimestre.
Segundo a publicação, a queda mais acentuada ocorreu por conta da redução de estímulos fornecidos pelo governo no ano passado para superar a pandemia; o controle de setores como o de tecnologia, educação privada e construção civil; a crise energética que o país enfrenta; a falta de suprimentos causadas pela proliferação da Covid-19; a escassez de semicondutores; e a paralisações de portos.
Comparando o 3º com o 2º trimestre deste ano, o PIB chinês cresceu só 0,2%, segundo os dados divulgados nesta 2ª feira. No 2º trimestre, o PIB subiu 1,3% em relação ao trimestre anterior.
Dados do governo da China também mostram que o país cresceu 9,8% nos primeiros 9 meses de 2021 em comparação com o ano anterior. A previsão dos economistas é que o país atinja a meta anual de crescimento do PIB, fixada em março em ao menos 6%.