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Os economistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram pela 29ª semana seguida suas previsões para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Conforme as estimativas divulgadas nesta segunda-feira (25), a aposta atual é que o índice oficial de preços feche 2021 em 8,96%.
Na semana passada, as apostas sugeriam que a inflação terminaria o ano em 8,69% e, há quatro semanas, em 8,45%.
Os saltos das estimativas para o índice oficial de preços são impulsionados pelas recentes altas no preço da energia elétrica e dos combustíveis, que causam um efeito cascata em outros produtos da economia, e o recente temor pelo furo do teto de gastos com o pagamento do Auxílio Brasil.
Caso a nova expectativa seja confirmada, a inflação chegará ao fim de 2021 acima do dobro da meta estabelecida pelo governo para o ano, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%).
Para 2021, a previsão para o índice oficial de preços subiu pela 14ª semana consecutiva, de 4,18% para 4,40%. As apostas para 2022 e 2023 também foram alteradas em 0,2 ponto percentual para, respectivamente, 3,27% e 3,02%.
Com o aumento das expectativas para a inflação, os economistas do mercado financeiro atualizaram para 8,75% a projeção para a taxa básica de juros ao ano no fim de 2021. Atualmente, a Selic figura em 6,25% ao ano.
Ao lado da previsão de maior alta nos preços aparece uma projeção de que o dólar fechará dezembro em R$ 5,45, o mesmo patamar estimado na semana passada. Para os preços administrados, tais como energia e combustíveis e planos médicos, a expectativa é de alta de 14,83% neste ano.