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Nesta segunda-feira (30), o Fundo Monetário Internacional (FMI) atualizou seu relatório de monitoramento da economia global e elevou a expectativa de crescimento para o PIB brasileiro em 2023.
No entanto, o desempenho do Brasil é um dos piores entre os países emergentes.
Para o FMI, a economia do Brasil deve crescer 1,2% neste ano, um aumento de 0,2 ponto percentual em relação à edição de outubro do relatório World Economic Outlook (WEO).
Já para 2024, a projeção do FMI é de crescimento de 1,5%, ou seja, uma diminuição de 0,4 ponto contra sua projeção anterior.
O desempenho brasileiro está abaixo da projeção para a economia global, que deve avançar 2,9% em 2023 – 0,2 ponto percentual acima da previsão feita em outubro.
Para 2024, a expectativa é que o PIB do mundo cresça 3,1% – 0,1 ponto a menos que o esperado pelo relatório anterior.
O FMI também revisou a estimativa de avanço da economia global em 2022 para 3,4%, após ter indicado alta de 3,2% no relatório de outubro.
Já o Brasil registrou crescimento estimado em 3,1% no ano, 0,3 ponto percentual acima da última projeção.
Os dados oficiais do PIB do Brasil do ano passado serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 2 de março.
“A rápida disseminação da Covid-19 na China prejudicou o crescimento em 2022, mas a recente reabertura abriu caminho para uma recuperação mais rápida do que o esperado. A inflação global deverá cair de 8,8% em 2022 para 6,6% em 2023 e 4,3% em 2024, ainda acima dos níveis pré-pandemia (2017–19), de cerca de 3,5%”, diz o relatório do FMI.
De acordo com o FMI, apesar da menor inflação global este ano, em 2024 a “média anual projetada e o núcleo da inflação ainda estarão acima dos níveis pré-pandemia em mais de 80% dos países”.
Apesar da melhora prevista pelo órgão, o desempenho do PIB do Brasil para este ano deve ficar entre os piores entre os países emergentes.
O resultado brasileiro, de 1,2%, é igual ao estimado para a África do Sul e, dentre os países cujas revisões foram divulgadas na segunda, só não deve ficar abaixo do previsto para a Rússia, que deve crescer apenas 0,3% este ano, após recuo de 2,2% em 2022.
Após revisão nos resultados do Brasil e do México, a região da América Latina e Caribe deve avançar 1,8% em 2023, de acordo com os cálculos do fundo.
Para 2024, a projeção de crescimento do FMI é de 2,1%.