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O Comitê de Política Monetária (Copom) avaliou que cresceu a incerteza sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas. O colegiado também reafirmou a importância de metas fiscais para ancorar as expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária.
As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre a dificuldade de cumprir a meta fiscal de zerar o déficit primário contribuíram para aumentar a incerteza no mercado. A cotação futura dos juros subiu em reação a essas declarações.
O Banco Central também ressaltou a importância da disciplina fiscal para ancorar as expectativas de inflação. “A execução das metas fiscais já estabelecidas é fundamental para a ancoragem das expectativas de inflação e, consequentemente, para a condução da política monetária”, afirma a ata do Copom.
Diante desse cenário, o Copom decidiu manter o ritmo de cortes da taxa Selic em 50 pontos-base, pelo menos nas próximas duas reuniões. A decisão sinaliza que o colegiado ainda vê a inflação como um risco significativo para a economia. No entanto, a incerteza fiscal é um fator que pode levar o Copom a rever sua estratégia nos próximos meses.