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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira dados que indicam uma contração no volume de serviços no Brasil em fevereiro. Após três meses consecutivos de ganhos, o setor registrou uma queda de 0,9% em relação ao mês anterior.
Esses números contrastam com as expectativas, que apontavam para um avanço de 0,2%, segundo pesquisa da Reuters. No acumulado dos três meses anteriores, o setor havia apresentado uma expansão de 1,5%.
Apesar da contração em fevereiro, o volume de serviços está 11,6% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020, porém, ainda 1,9% abaixo do ponto mais alto registrado na série histórica, em dezembro de 2022.
Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o volume registrou alta de 2,5%, abaixo das expectativas de 4,5%.
O desempenho do setor de serviços, influenciado pelo mercado de trabalho aquecido e pela inflação controlada, tem sido acompanhado de perto pelo Banco Central, que mantém seu ciclo de afrouxamento monetário, com a taxa básica de juros atualmente em 10,75%.
De acordo com Luiz Almeida, analista da pesquisa no IBGE, a queda observada em fevereiro em quatro das cinco atividades pesquisadas é resultado de um movimento de compensação após meses de alta. Ele destacou a queda de 1,9% na atividade de profissionais, administrativos e complementares, influenciada principalmente pelo pagamento de precatórios em janeiro.
Outro destaque foi a retração de 1,5% no setor de informação e comunicação, que contrabalançou parte do ganho dos últimos quatro meses. Almeida explicou que isso se deveu principalmente ao arrefecimento do mercado de portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet.
Os serviços prestados às famílias foram os únicos a registrar ganhos, de 0,4%, porém, não conseguiram recuperar totalmente a queda de 2,9% em janeiro.
O índice de atividades turísticas também recuou 0,8% em fevereiro em relação ao mês anterior, marcando o segundo mês consecutivo de queda, com uma perda acumulada de 1,8%. O segmento está 2,2% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 4,3% abaixo do ponto mais alto da série histórica, alcançado em fevereiro de 2014.