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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou durante o Fórum Esfera 2024, realizado em Guarujá, no litoral paulista, neste sábado (8), que “queria taxa Selic mais baixa possível”, mas ressaltou que a elevada taxa estrutural do país impede cortes mais significativos.
Segundo Campos Neto, a taxa de juros neutra é alta, situando-se em torno de 4,5% ao ano. Esta taxa, que não provoca inflação nem desinflação no país, poderia ser reduzida caso as taxas de juros no Brasil e este indicador de equilíbrio fossem mais baixos. “A gente gostaria de ter uma taxa de juros mais baixa possível, mas nossa taxa estrutural é muito alta”, afirmou.
O presidente do BC enfatizou a necessidade de enfrentar as causas que elevam a taxa neutra. Embora não tenha detalhado os motivos por trás disso, mencionou que o cenário fiscal é um dos fatores.
“É preciso entender isso, porque senão estamos querendo combater a consequência e a gente precisa atacar a causa do problema”, explicou Roberto Campos Neto.
Sobre o impacto da MP que limita o uso de créditos de PIS/Cofins para compensar desonerações, Campos Neto afirmou que essa não é a principal preocupação do BC. Ele ressaltou que o órgão precisa monitorar as expectativas do mercado sobre a inflação para embasar suas decisões.
Questionado sobre o possível impacto de um aumento nos preços dos combustíveis na inflação, o presidente do BC abordou a discussão em meio aos debates sobre os efeitos de uma MP que altera o sistema de crédito de PIS/Cofins.