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Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), passando de 4,55% para 4,59%, marcando a quinta alta consecutiva. As novas expectativas, resultantes de uma pesquisa com mais de 100 instituições financeiras realizada na última semana, foram divulgadas no relatório “Focus” pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira, 4 de novembro.
Essa projeção permanece acima do teto da meta de inflação para este ano, que é de 4,50%. Na semana anterior, o indicador já havia superado esse patamar pela primeira vez.
A meta central de inflação para 2024 é de 3%, sendo considerada formalmente cumprida caso o índice oscile entre 1,5% e 4,5%. Caso a meta não seja atingida, o BC deve redigir uma carta pública ao ministro da Fazenda explicando os motivos. A expectativa de que a inflação exceda o teto da meta ocorre após a divulgação do IPCA de setembro, que foi influenciado por questões climáticas, como a seca, afetando a energia elétrica e os alimentos.
Para 2025, a estimativa de inflação foi ajustada de 4% para 4,03%, enquanto para 2026, a previsão subiu de 3,60% para 3,61%. A partir de 2025, a meta de inflação permanece em 3%, com o mesmo intervalo de cumprimento.
Conforme o sistema de metas, o Banco Central deve ajustar os juros para manter a inflação dentro do intervalo estipulado, olhando para frente, já que a Selic leva de seis a 18 meses para impactar plenamente a economia. Neste momento, o BC já está considerando a expectativa de inflação para os próximos 12 meses até meados de 2026. O aumento da inflação reduz o poder de compra da população, especialmente dos trabalhadores com salários mais baixos, pois os preços dos produtos sobem sem um correspondente aumento nos salários.
Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, a projeção do mercado subiu de 3,08% para 3,10%, enquanto a expectativa para 2025 se manteve em 1,93%. Economistas continuam prevendo um aumento da taxa básica de juros até o final do ano, com a Selic atualmente em 10,75% ao ano após um aumento em setembro. A projeção do mercado para o fechamento de 2024 é de 11,75% ao ano, indicando novas elevações até o fim do ano. Para o final de 2025, a estimativa foi ajustada de 11,25% para 11,50% ao ano, com cortes previstos para os juros no próximo ano, mas em menor intensidade.
Outras estimativas do mercado financeiro, conforme o Banco Central, incluem a projeção para a taxa de câmbio, que subiu de R$ 5,45 para R$ 5,50 para o fim de 2024, e de R$ 5,40 para R$ 5,43 para o fim de 2025. Para a balança comercial, a previsão de superávit recuou de US$ 78 bilhões para US$ 77,8 bilhões em 2024, e de US$ 76,8 bilhões para US$ 76,5 bilhões em 2025. Quanto ao investimento estrangeiro, a previsão para 2024 permaneceu estável em US$ 72 bilhões, enquanto para 2025, a estimativa recuou de US$ 74 bilhões para US$ 73,8 bilhões.