Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
A taxa de desemprego no Brasil registrou um aumento no trimestre encerrado em fevereiro de 2025, atingindo 6,8%, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número, embora ainda abaixo dos índices de 2024, mostra uma alta significativa em comparação com o trimestre de setembro a novembro de 2024, quando a taxa foi de 6,1%.
Apesar do crescimento recente, a taxa de desocupação continua sendo uma das mais baixas já registradas na série histórica, refletindo uma queda em relação ao ano anterior, quando o índice era de 7,8%. O Brasil contava com 7,5 milhões de pessoas em busca de emprego, o que representa um aumento de 10,4% em relação ao trimestre anterior, ou seja, 701 mil pessoas a mais em comparação ao período de dezembro a fevereiro de 2024. No entanto, em um recorte anual, houve uma redução de 12,5%, representando uma diminuição de 1,1 milhão de pessoas.
A taxa de subutilização da força de trabalho, que inclui pessoas desempregadas, subempregadas ou desalentadas, também teve um aumento. No trimestre encerrado em fevereiro, o índice subiu para 15,7%, uma alta de 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Em comparação ao ano passado, a taxa de subutilização recuou 2,1 pontos percentuais. Atualmente, o país tem 18,3 milhões de pessoas nessa condição, com um aumento de 2,8% no último trimestre, mas uma queda de 11,5% em um ano.
Dentre essas, 3,2 milhões de brasileiros se encontram na situação de desalentados, ou seja, pessoas que desistiram de procurar emprego por acreditarem que não encontrarão oportunidades. Esse número aumentou 6,9% no trimestre, mas caiu 11,8% em um ano.
A população ocupada no Brasil, que soma 102,7 milhões de pessoas no trimestre encerrado em fevereiro, apresentou uma queda de 1,2% em relação ao trimestre anterior. A taxa de ocupação, que mede a proporção de pessoas empregadas em relação à população em idade ativa, foi de 58,0%, registrando uma leve diminuição de 0,8 ponto percentual em comparação ao último trimestre, mas com um crescimento de 0,9 ponto percentual em relação ao ano passado.
O setor privado continua sendo uma das principais fontes de emprego no país, com 53,1 milhões de trabalhadores empregados no final de fevereiro, embora tenha registrado uma queda de 0,8% no último trimestre. No entanto, o número de trabalhadores com carteira assinada atingiu 39,6 milhões, o maior número da série histórica iniciada em 2012, o que representa um aumento de 1,1% no último trimestre e 4,1% em comparação ao ano passado.
A informalidade no Brasil se manteve estável, com 39,1 milhões de trabalhadores informais, o que corresponde a 38,1% da população ocupada. Apesar da estabilidade, essa é uma área de preocupação, visto que os trabalhadores informais geralmente enfrentam maiores dificuldades de acesso a direitos trabalhistas.
Em termos de rendimento, o salário médio real habitual dos trabalhadores foi de R$ 3.378, um valor recorde desde o início da série histórica, com um crescimento de 1,3% no último trimestre e 3,6% em relação ao ano passado. A massa de rendimento real habitual também alcançou o recorde de R$ 342 bilhões, com um aumento de 6,2% em comparação ao ano anterior.
