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A confiança dos empresários da indústria brasileira recuou pelo quarto mês consecutivo e atingiu, em abril, o pior patamar desde julho de 2020, período marcado pelos impactos mais severos da pandemia de covid-19. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu 1,2 ponto, passando de 49,2 em março para 48 pontos neste mês.
O resultado mantém o indicador abaixo da linha dos 50 pontos, que separa confiança de desconfiança, sinalizando a persistência de um ambiente de incerteza no setor. Desde outubro do ano passado, o índice registrou queda em cinco dos últimos sete meses, acumulando um recuo de 5,2 pontos.
De acordo com Claudia Perdigão, especialista em Políticas e Indústria da CNI, o cenário reflete a combinação de fatores como a desaceleração econômica, a desvalorização do real e os juros elevados. “Em um primeiro momento, precisa haver uma descompressão da política monetária, porque os juros altos pesam sobre a economia. Também é importante aguardar a estabilização do cenário internacional, que está mais conturbado”, afirmou.
A piora na confiança foi generalizada. O Índice de Condições Atuais recuou de 44 para 42,7 pontos, com queda nas avaliações tanto da economia brasileira quanto da situação das empresas. Já o Índice de Expectativas, que avalia os próximos seis meses, caiu de 51,8 para 50,7 pontos, sinalizando uma visão mais cautelosa dos empresários.
A pesquisa ouviu 1.190 empresas entre os dias 1º e 7 de abril, abrangendo negócios de pequeno, médio e grande porte. O resultado está bem abaixo da média histórica do ICEI, que é de 53,8 pontos.
