Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
O Banco Mundial anunciou nesta terça-feira (10) uma revisão para baixo da projeção de crescimento da economia global em 2025. A nova estimativa é de 2,3%, abaixo dos 2,7% previstos em janeiro. Segundo a instituição, o mundo enfrenta novos sinais de turbulência econômica, pressionado por tensões comerciais, desaceleração na China e incertezas políticas.
A avaliação faz parte do relatório “Global Economic Prospects” (Perspectivas Econômicas Globais), divulgado pela entidade. A publicação destaca que a recuperação pós-pandemia perdeu força e que o cenário atual exige cautela, especialmente para as maiores economias e países fortemente ligados aos Estados Unidos.
Entre as revisões mais expressivas estão a dos Estados Unidos, cuja projeção caiu de 2,3% para 1,4% (queda de 0,9 ponto percentual), e do México, de 1,5% para apenas 0,2% (redução de 1,3 p.p.). Na Ásia, a Tailândia também foi impactada, com a expectativa de crescimento reduzida em 1,1 p.p., passando de 2,9% para 1,8%.
Apesar da perspectiva global negativa, o relatório aponta uma melhora nas previsões para países emergentes com maior ligação comercial com a China. O Brasil, por exemplo, teve sua estimativa elevada de 2,2% para 2,4%, enquanto a Argentina passou de 5% para 5,5%.
Segundo o Banco Mundial, “outras grandes economias da América Latina, como a Argentina e o Brasil, foram menos impactadas do que o México porque sua participação nas exportações para os Estados Unidos é muito menor e elas não têm os mesmos laços estreitos com a indústria americana”.
Mesmo com esse alívio relativo, a organização destaca que o crescimento nas economias emergentes ainda será modesto, com variações inferiores a 1%, devido à desaceleração da economia chinesa e às possíveis consequências de tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. O relatório também menciona que as políticas comerciais do ex-presidente Donald Trump já provocam um “impacto significativo” e contribuem para o cenário mais incerto desde a crise de 2008.
No caso brasileiro, o Banco Mundial alerta para entraves domésticos que dificultam o avanço da economia. “Preocupações com a sustentabilidade fiscal” e “a composição do orçamento” são apontadas como fatores que limitam o potencial de crescimento do país.
Para o economista-chefe do Banco Mundial, Indermit Gill, o mundo ainda enfrenta o risco de uma recessão mais ampla. “A economia mundial está, mais uma vez, mergulhada em turbulência. Sem uma rápida correção de rumo, os danos aos padrões de vida podem ser profundos”, afirmou.
Apesar da projeção positiva para o Brasil, o Banco Mundial ressalta que “preocupações com a sustentabilidade fiscal” e a “composição do orçamento” são fatores que limitam o crescimento do PIB do país.
Crescimento por País (Comparativo de Estimativas para 2025):
