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A cotação do dólar caiu 1,03% nesta segunda-feira (16), fechando em R$ 5,48 — o menor valor desde o início de outubro de 2024. Ao mesmo tempo, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), subiu 1,49% e encerrou o dia aos 139.255 pontos.
O otimismo dos investidores reflete a percepção de que o conflito entre Israel e Irã, no Oriente Médio, pode estar perdendo força. A leitura preliminar de agentes do mercado é de que a tensão geopolítica deve se estabilizar nos próximos dias, o que reduz os riscos para a economia global.
Além do alívio no cenário internacional, dados positivos da China também influenciaram os mercados. A produção industrial chinesa cresceu 5,8% em maio, ficando próxima da previsão do The Wall Street Journal (5,9%) e acima do consenso da FactSet (5,3%), indicando resiliência da segunda maior economia do mundo mesmo em meio à guerra tarifária com os Estados Unidos.
No ambiente doméstico, os investidores acompanham com atenção a chamada “superquarta”, marcada para o dia 18, quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA definirão as novas taxas de juros. Por aqui, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne no Banco Central, enquanto nos EUA será a vez do Fomc, o comitê de política monetária do Federal Reserve.
Outro fator que contribuiu para o otimismo foi o resultado do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB. Em abril, o indicador subiu 0,2%, superando as expectativas e afastando temores de desaceleração econômica. Já o boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou queda na projeção de inflação para 2025: de 5,44% para 5,25%.
No campo político, o mercado monitora a votação, prevista para esta segunda-feira na Câmara dos Deputados, de um pedido de urgência para o projeto que derruba o decreto do governo federal sobre o aumento do IOF. A tensão entre o Planalto e o Congresso segue sendo um ponto de atenção, sobretudo em relação à sustentabilidade das contas públicas.
