Entre nos nossos canais do Telegram e WhatsApp para notícias em primeira mão. Telegram: [link do Telegram]
WhatsApp: [link do WhatsApp]
Brasil gastou mais do que recebeu em suas contas com outros países no mês de setembro. Essa diferença, chamada de “contas externas” ou “transações correntes”, ficou negativa em US$ 9,8 bilhões (cerca de R$ 54 bilhões), segundo dados divulgados hoje (24) pelo Banco Central (BC).
Esse resultado é pior do que o registrado no mesmo mês do ano passado, quando o déficit foi de US$ 7,4 bilhões.
As contas externas reúnem tudo o que o Brasil movimenta com o resto do mundo, incluindo:
- A diferença entre o que o país vende (exporta) e compra (importa).
- Gastos com viagens internacionais e fretes.
- Envio de lucros de empresas estrangeiras que atuam aqui para seus países de origem.
O Que Pesa no Bolso do País?
O aumento do déficit foi causado por alguns fatores importantes:
- Importação Recorde: O Brasil fez uma compra muito grande de fora: uma plataforma de petróleo no valor de US$ 2,4 bilhões. Isso fez com que o valor total das importações crescesse 17,4%, um recorde histórico. Mesmo vendendo mais (exportações subiram 7%), a balança comercial ficou com um superávit pequeno (US$ 2,3 bilhões).
- Envio de Lucros: O valor que empresas estrangeiras enviaram para fora (lucros e dividendos) aumentou, contribuindo para que a conta de renda primária ficasse mais negativa em US$ 7,6 bilhões.
O Lado Bom: Mais Investimento Estrangeiro
Apesar do aumento da dívida do mês, o Brasil continua sendo um destino atraente para investidores de fora.
- Recorde de Investimento: O Investimento Direto no País (IDP), que é o dinheiro que as empresas estrangeiras trazem para montar ou expandir negócios aqui, atingiu US$ 10,7 bilhões em setembro. Este é o maior valor para um mês de setembro na história do país.
- Esse volume de investimento foi suficiente para cobrir todo o déficit das contas externas do mês.
Visão Geral
Olhando para os últimos 12 meses, o rombo nas contas externas do Brasil atingiu US$ 78,9 bilhões, o que equivale a 3,61% do Produto Interno Bruto (PIB).
As reservas internacionais, que são o dinheiro guardado pelo país para emergências, fecharam setembro com US$ 356,6 bilhões, um aumento de US$ 5,8 bilhões em relação ao mês anterior.