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Ao menos 54 universidades, 51 institutos federais (IFs) e o Colégio Pedro II estão em greve desde abril, conforme levantamento publicado pelo portal g1. Professores e servidores dessas instituições demandam reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária, e revogação de normas implementadas nos governos anteriores.
Segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), há uma defasagem de 22,71% nos salários dos professores, acumulada desde 2016. A entidade solicita uma reposição salarial que cubra essa diferença.
Os níveis de paralisação variam: em algumas instituições, professores e técnicos-administrativos aderiram à greve, enquanto em outras, apenas um dos grupos está paralisado. Nos institutos federais, a greve afeta pelo menos 400 campi em todo o país.
Na segunda-feira (27), o governo assinou um acordo com a Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes-Federação). Entretanto, a proposta foi rejeitada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
O Ministério da Saúde informou em nota que “as demais instituições que não assinaram o acordo terão mais prazo para submeter novamente a proposta às suas bases e poderão assinar o acordo posteriormente.”
O acordo com o Proifes prevê a reestruturação da carreira docente, um reajuste salarial de 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026. Também contempla uma reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira, o que garantiria um aumento salarial para profissionais em início de carreira.
Contudo, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) afirmou que essa valorização implicaria “mais uma desestruturação”, pois reduziria o número de graus na carreira de 13 para 10.
Na terça-feira (28), o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) declarou que “a greve não acabou.”
Em nota, o Ministério da Educação reforçou que a pasta está “sempre aberta ao diálogo, franco e respeitoso, pela valorização dos servidores.”
Com a recusa dos dois sindicatos, a greve continua em várias instituições pelo Brasil.
### Lista das instituições em greve:
**Norte**
– Amazonas: 18 campi do Ifam.
– Pará: UFPA, UFOPA, UFRA, Unifesspa, e 18 campi do IFPA.
– Acre: UFAC e 6 campi do IFAC.
– Roraima: UFRR.
– Rondônia: UNIR e 11 campi do IFRO.
– Amapá: UNIFAP e 5 campi do IFAP.
– Tocantins: UFT e 3 unidades do IFTO.
**Nordeste**
– Alagoas: UFAL e 17 campi do IFAL.
– Bahia: UFBA, UFRB, UFSB, 24 campi do IFBA e 14 do IF Baiano.
– Ceará: UFC, UFCA, Unilab e 33 campi do IFCE.
– Maranhão: UFMA e 25 campi do IFMA.
– Paraíba: UFPB, UFCG e 21 campi do IFPB.
– Pernambuco: UFPE, UFRPE, Univasf e 5 campi do IFSertãoPE.
– Piauí: UFPI e 17 campi do IFPI.
– Rio Grande do Norte: UFRN, Ufersa e IFRN.
– Sergipe: UFS e 10 campi do IFS.
**Sul**
– Paraná: UFPR, UTFPR, Unila, UFFS e 28 campi do IFPR.
– Rio Grande do Sul: Não incluído no levantamento devido às cheias.
– Santa Catarina: 13 campi do IFSC, 22 do IFC e UFSC.
**Sudeste**
– Espírito Santo: UFES.
– Minas Gerais: UFJF, UFV, UFSJ, UFU, Unifal, UFLA, UEMG, Unifei, UFMG e 28 campi do IFMG.
– São Paulo: UFABC, UFSCar e 6 institutos federais.
– Rio de Janeiro: UFRRJ, Unirio, UFF, 15 campi do IFRJ e UFRJ.
**Centro-Oeste**
– Goiás: UFG, UFCat, UFJ, IFGO e IF Goiano.
– Mato Grosso: UFMT e 18 campi do IFMT.
– Mato Grosso do Sul: UFMS, UFGD e 10 campi do IFMS.
– Distrito Federal: UnB.