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O corpo do icônico apresentador Silvio Santos foi sepultado na manhã deste domingo (18), por volta das 9h, no Cemitério Israelita do Butantã, localizado na zona oeste de São Paulo (SP). A despedida foi marcada por uma cerimônia íntima, reservada apenas para familiares, amigos próximos e personalidades da televisão brasileira.
Entre os presentes, destacaram-se figuras conhecidas do meio televisivo, como Celso Portiolli, Cesar Filho e Thiago Abravanel, neto do apresentador. A cerimônia seguiu rigorosamente os preceitos da tradição judaica, que não prevê a realização de velório. Conforme o costume, o corpo de Silvio Santos foi despido e envolvido em uma mortalha, sendo o caixão mantido fechado durante toda a cerimônia.
Durante a despedida, familiares e amigos próximos se reuniram para prestar suas últimas homenagens, sem a presença de flores, seguindo a tradição que utiliza pedras no local do sepultamento. As pedras, símbolo de durabilidade, marcam a visitação ao túmulo e servem como um gesto de respeito e lembrança eterna.
O formato discreto e tradicional do adeus foi um desejo expresso pelo próprio Silvio Santos, que, antes de falecer, pediu que fosse realizada uma cerimônia judaica simples e sem pompa. Silvio Santos faleceu no sábado (17), aos 93 anos, em decorrência de complicações de uma broncopneumonia causada pelo vírus H1N1. Ele estava internado no Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, em isolamento total, onde recebeu cuidados intensivos por cerca de uma semana.
Veja abaixo a carta da família Abravanel
“Colegas de auditório, colegas de uma vida, o que dizer para vocês nesse momento? Acreditamos que muitos de vocês estejam compartilhando da mesma saudade que nós hoje estamos sentindo.
Queremos dizer para vocês que por muitas vezes, ao longo da vida, a medida que nosso pai ia ficando mais velho, ele ia expressando um desejo com relação à sua partida. Ele pediu para que assim que ele partisse, que o levássemos direto para o cemitério e fizéssemos uma cerimônia judaica. Ele pediu para que não explorássemos a sua passagem. Ele gostava de ser celebrado em vida e gostaria de ser lembrado com a alegria que viveu.
Ele nos pediu para que respeitássemos o desejo dele. E assim vamos fazer.
Por este motivo, pedimos a compreensão de todos vocês. De guardar na memória tudo de bom que ele fez e de tantas alegrias que ele nos trouxe ao longo dos anos. Ele foi muito feliz com tudo que fez. E sempre fez tudo do fundo do seu coração. Ele amou o Brasil e os brasileiros.
Com muito carinho e respeito a todos vocês,
Família Abravanel”