No relatório em que indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e outras três pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro, o delegado Dante Pegoraro Lemos destacou indícios de superfaturamento em contratos firmados entre o Instituto Lula e duas empresas de filhos do petista.
A G4 Entretenimento, da qual Lulinha é um dos sócios, teria prestado serviço em quatro projetos para o Instituto Lula. O valor total pago foi de R$ 1,3 milhão, entre 2013 e 2014.
No entanto, o relatório da PF mostra que uma empresa chamada GKR fez os mesmos serviços pelos quais a G4 havia sido contratada.
“Esse quadro, aliado a outras constatações do RPJ 189/19, apontariam, portanto, que a G4 poderia ter funcionado como uma intermediária financeira na prestação de serviços contratadas pelo Instituto Lula, com indícios de superfaturamento, os quais teriam sido efetivados pela GKR de RAFAEL LEITE e outros subcontratados.”
Outra empresa contratada pelo Instituto Lula foi a FlexBR. O enteado de Lula, Marcos Claudio Lula da Silva, é um dos sócios dela.
Segundo o relatório, a FlexBR recebeu cerca de R$ 106 mil para prestar serviços de digitalização de imagens. No entanto, a PF encontrou, em arquivos apreendidos no Instituto Lula, planilhas que indicariam o pagamento de R$ 435 mil à empresa.