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Um mês antes da Operação Mapa da Mina, fase 69 da Lava Jato, o empresário Jonas Suassuna, dono do sítio Santa Bárbara, em Atibaia, rompeu a sociedade com Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o que consta de documentos apreendidos pela Polícia Federal no dia 10 de dezembro na Operação Mapa da Mina.
O imóvel, no interior de São Paulo, foi pivô da maior condenação do ex-presidente na Lava Jato, a 17 anos e um mês de prisão, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O petista recorre em liberdade.
Suassuna era proprietário formal, junto de Fernando Bittar, mas o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região concluiu que as reformas de R$ 1 milhão da OAS e da Odebrecht para melhorias e ampliação da propriedade rural eram propinas para Lula.
Em depoimento, Bittar afirmou que ‘na cabeça’ dele, as obras foram pagas por Lula, e negou que as obras fossem para ele.
Na Operação Mapa da Mina, a força-tarefa mira os pagamentos da Oi/Telemar efetuados entre 2004 e 2016, superiores a R$ 132 milhões. Segundo as investigações, R$ 500 mil oriundos da operadora serviram para comprar o sítio.
Entre os documentos apreendidos pela força-tarefa, estão e-mails que reforçariam o suposto viés político da subcontratação de empresas do filho de Lula pela Oi, e também uma cobrança da operadora a Lulinha, no valor de R$ 6,8 milhões.
Outro documento revela que, um mês antes da operação, foi feito um distrato entre a empresa de Suassuna e a de Lulinha em uma das sociedades do grupo que é atribuído ao filho do ex-presidente nos negócios com a Oi.
A força-tarefa descreve. “Instrumento particular assinado por Fábio Luís Lula da Silva e Jonas Leite Suassuna Filho, em 28 de outubro de 2019, no qual se registra a saída da GOL Mídia Participações Ltda do quadro societário da BR4 Participações Ltda, cedendo a título oneroso as quotas sociais avaliadas em R$ 1.350.500,00 para a G4 Entretenimento e Tecnologia Digital Ltda.”
Segundo o Ministério Público Federal, os pagamentos da Oi/Telemar foram efetuados entre 2004 e 2016 e são superiores a R$ 132 milhões.
A Procuradoria aponta que parte desses recursos foi usada para compra do sítio de Atibaia.
Os pagamentos teriam sido feitos ao grupo Gamecorp/Gol, integrado pelas empresas G4 Entretenimento e Tecnologia Digital, Gamecorp, Editora Gol, Gol Mídia, Gol Mobile, Goal Discos, Coskin, PJA Empreendimentos e PDI – empresas ligadas a Lulinha, que é sócio dos irmãos Fernando Bittar e Kalil Bittar e pelo empresário Jonas Suassuna. / Agência Estado