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Renato Borelli, juiz da 9ª Vara Cível do Distrito Federal, determinou o bloqueio de até R$ 2,2 milhões contra Anderson Braga Dornelles, ex-assessor da ex-presidente impichada Dilma Rousseff, e outros dois investigados por suposta mesada da Odebrecht. Para o magistrado, a apuração da Controladoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União forneceu ‘fortes indícios’ de que ele também beneficiou outras pessoas com empregos e vantagens no governo do PT.
“Objetivava-se, com tal ação, o repassasse à então Presidente da República informações de interesse do Grupo Odebrecht, incluindo notas técnicas emitidas pela a respeito de representantes de países pelos quais a presidente empreendia viagens”, diz trecho da decisão.
Segundo a ação civil da União e da CGU, ‘receberam vantagens indevidas da Odebrecht S/A, entre os anos de 2009 e 2014’.
“Os documentos apresentados pela União fornecem fortes indícios de que o primeiro réu, Anderson Braga, na condição de ex-assessor da então Ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e posteriormente assessorando-a na Presidência da República, teria recebido pagamentos mensais realizados pela Odebrecht, além de beneficiar outras pessoas com empregos e outros tipos de vantagens, em troca de informações privilegiadas, obtidas no exercício do cargo e acesso à agenda da ex-Presidente”, ressalta o juiz.