Em entrevista a CNN Brasil, o embaixador russo Sergey Akopov afirmou que “O Brasil é um dos parceiros estratégicos da Rússia e isso deve se refletir também nos esforços para o desenvolvimento de medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus.”
De acordo com Sergey a Rússia acredita que tem todos os fundamentos para que a parceria dê certo.
“Estamos tentando estabelecer a cooperação com todos os países, inclusive o Brasil, neste sentido, que é um parceiro estratégico muito importante, membro dos Brics, e esperamos e temos todos os fundamentos para acreditar que essa cooperação vai dar certo”, disse Akopov.
“A política do governo da Rússia consiste que todos os países devem unir esforços conjuntos para elaborar medicamentos e vacinas eficazes para combater essa doença Covid-19”, complementou.
Um detalhe que o diplomata destacou foi o qual afirma que a Sputnik V, vacina registrada pela Rússia nesta terça, ainda não está 100% preparada para aplicação em massa, mas que essa etapa será superada em breve.
“Podemos citar um exemplo para demonstrar a eficiência, a eficácia da vacina, o fato de que uma das filhas do presidente [Vladimir] Putin participou dos experimentos, recebeu a vacina e passou muito bem. O organismo dela elaborou anticorpos muito bons e eficientes”, explicou.
“Repito mais uma vez e isso é a posição do governo da Rússia: ainda é preciso continuar os trabalhos de pesquisa científica porque o mais importante resultado é garantir a eficiência e a segurança dessa vacina.” destacou.
Ainda segundo o Sergey a vacina produzida pelo Instituto Gamaleya passou por todos os protocolos internacionais “porque de outra maneira não seria registrada pelo ministério da Saúde na Rússia”.
Akopov afirmou que a embaixada russa está trabalhando para colocar as entidades russas em contato com os laboratórios, organismos e governos estaduais interessados em cooperar com os testes e desenvolvimento da vacina.
“[Para] precisamente trazer essa vacina, produzir a vacina no Brasil e, depois, quando tudo estiver pronto, aplicar na população brasileira também.” finalizou o embaixador.