O presidente Jair Bolsonaro disse na manhã desta segunda-feira (24), que os médicos que estão receitando a hidroxicloroquina estão salvando vidas pelo Brasil: “Se ela [cloroquina] não tivesse sido politizada, muito mais vidas poderiam ter sido salvas dessas 115 mil que o país perdeu até o momento”. Ele participou do evento Brasil Vencendo a Covid-19, em Brasília.
Bolsonaro afirmou que, logo no início da pandemia da covid-19, decidiu “estudar” a hidroxicloroquina: “Vi que nos Estados Unidos o FDA aprovou a continuidade dos estudos. Na França, um médico era o cara da cloroquina. Me aprofundei também no que acontecia em outros países do mundo”.
O presidente diz ter pedido para o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta indicar o medicamento não só para casos graves, como estava no protocolo divulgado pela pasta, mas o titular se recusou, segundo Bolsonaro, alegando não haver comprovação científica sobre a eficácia do tratamento.
Bolsonaro diz que foi percebendo “que quem tomava a hidroxicloroquina desde o início tinha mais chance” de sobreviver. Ele citou seu exemplo pessoal e o de “mais de dez ministros que se trataram com a medicação”. “Nenhum foi hospitalizado. Então, está dando certo.”
“Mandetta dizia que não tinha comprovação científica e eu falava: ‘Ora bolas, eu sei que não tem’. Como sempre citei a Guerra no Pacífico, onde o soldado chegava ferido e não tinha mais sangue para receber e os médicos deram para ele água de coco. E deu certo. Aqui a cloroquina é a mesma coisa, mas vi a pressão política em cima de médicos pelo Brasil.”